Arcebispo de Goiânia destaca momento histórico da Campanha da Fraternidade
O arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, disse que este é um ano histórico porque pela terceira vez as igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana, Episcopal Anglicana, Presbiteriana Unida do Brasil e Sírian Ortodoxa de Antioquia se unem na Campanha da Fraternidade, que tem como tema Economia e Vida. A afirmação foi feita em seu discurso na sessão especial desta segunda-feira, 1º, proposta pelo deputado Humberto Aidar (PT), para o lançamento da Campanha.
Sobre o tema deste ano Economia e Vida, Dom Washington disse que a Campanha pretende colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz. Ela parte do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão. "Precisamos repensar o modo como lidamos com a vida", afirmou o Arcebispo.
Segundo ele, é preciso que o povo cristão supere uma economia alicerçada sobre os pilares do interesse individual e de uma falsa ética utilitarista que coloca, de um lado, os "consumidores ávidos por satisfazerem seus desejos" e, de outro, "os empreendedores e agentes financeiros, que buscam a maximização do lucro". De acordo com Dom Washington, o "consumismo é um dos maiores dramas do mundo contemporâneo", pois a "ganância não tem limites".
O Arcebispo de Goiânia também destacou que a pobreza não é uma "fatalidade" e nem o resultado de fenômenos naturais, como enchentes ou secas. "A pobreza é resultante de um modelo de desenvolvimento tecnicista, baseado no modelo capitalista e especulativo", pontuou. Dom Washington também relembrou a história da Campanha da Fraternidade, que começou oficialmente em 1961 e passou a ser nacional em 1964. "Estamos próximos do Jubileu de Ouro", concluiu.
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