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7 de Maio de 2024
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    Os jovens mais distantes das urnas

    No dia 3 de outubro, 135.804.433 eleitores são aguardados nas urnas para escolher deputados estaduais, federais, senadores, governadores e o novo presidente da República - um aumento de 7,8% em relação a 2006. A novidade é a queda no número de votantes com 16 e 17 anos - faixa etária que pode votar, mas não é obrigada. Eles eram mais de 2,5 milhões em 2006, chegaram a 2,9 milhões nas eleições municipais de 2008 e, agora, são 2,3 milhões.

    O cientista político Bruno Pinheiro Wanderley, da Universidade Federal de Minas Gerais, diz que não é simples explicar a redução dos eleitores jovens. Ele sugere que o fenômeno seja reflexo da queda de natalidade nos últimos anos e, logo, da diminuição gradativa da população jovem. Também arrisca outras possibilidades, como a estabilização política e econômica do país, que diminuiria a vontade de as pessoas se engajarem na política: "Depois de dois mandatos do presidente Lula e dois do presidente Fernando Henrique relativamente bem-sucedidos, diminui o impulso dos jovens de se mobilizar para pedir o registro eleitoral".

    Para o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, a diminuição no número de jovens reflete a desilusão na política. "Os jovens não estão se sentindo estimulados a votar, pelo descrédito que os políticos passaram a ter. Isso tudo exige de nós um trabalho de conscientização da importância do voto e do exercício da cidadania para transformar a sociedade. Não podemos criar uma geração de pessoas desinteressadas pela política".

    A maioria dos eleitores brasileiros é mulher (51,8%, ou 64 milhões) e tem idade entre 25 e 34 anos (24,1%), como já ocorria em anos anteriores. Os menores grupos de eleitores estão nas duas pontas: 2,4 milhões com idades entre 16 e 17 anos; e 3,2 milhões com idade superior a 79 anos.

    Sérgio Cardozo, assessor da Corregedoria-Geral Eleitoral, afirmou que o aumento do eleitorado e a predominância feminina já eram esperados. "De uma eleição para outra, a média de crescimento é de 4%. Não há como explicar essa tendência de maior participação feminina", disse.

    O principal colégio eleitoral do país ainda é São Paulo, com 22,3% do total de eleitores brasileiros. Em seguida vem Minas, com 10,6% do total. O terceiro lugar é do Rio, com 11,5 milhões de eleitores, ou 8,5% do total. (O Globo)

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