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2 de Maio de 2024
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    Entidades divergem sobre métodos usados para depoimento de crianças

    Publicado por Âmbito Jurídico
    há 13 anos

    Os métodos usados para coletar depoimentos de crianças em processos judiciais têm causado divergência nas entidades que abordam o assunto. A conselheira e presidente da Comissão e Juventude do Ministério Público da União, Sandra Lia Simón, se diz favorável aos relatos, desde que se evite a exposição excessiva de menores.

    “É importante proteger a criança e evitar a exposição excessiva aos depoimentos a que comumente um adulto se sujeita, evitando que ela seja novamente vítima de um processo constrangedor, ao reviver o caso. O uso de profissionais adequados com uma linguagem adaptada ajudará consideravelmente na coleta desses depoimentos”, destacou hoje (3), durante entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.

    A ideia do depoimento sem dano é que haja uma sala especialmente montada, sem a formalidade de uma audiência, com equipamentos de áudio e vídeo, que interligam o ambiente de audiências a um espaço reservado. As perguntas são feitas com acompanhamento de psicólogos ou assistentes sociais, mantendo a vítima distante do agressor.

    A conselheira regional de Psicologia do Amazonas, Iolete Ribeiro da Silva, afirma que a entidade mantém uma postura contrária ao procedimento, pois a aplicação do método tem como finalidade apenas a coleta do depoimento, e não leva em conta necessariamente os danos causados à criança.

    “Infelizmente a proposta não reduz o número de depoimentos e a criança se expõe ao reviver o cenário da agressão, pois ela passa por várias entidades assistenciais. Se há interesse de proteger a criança é preciso pensar no processo como um todo: desde a fase educacional até a fase judicial, fato que hoje não acontece. A Justiça está preocupada com a produção de provas e não com os danos que a violência causou à criança”, destaca.

    Até sexta-feira (5), em Brasília, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a organização não governamental (ONG) Childhood Brasil promovem um debate na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ao todo, 180 juízes, promotores de Justiça, defensores públicos, advogados e especialistas do Brasil, da Argentina, dos Estados Unidos e da Inglaterra vão debater a tomada de depoimento de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual.

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