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12 de Maio de 2024
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    MEC nega fechamento de escolas especiais

    Ministro desautoriza diretora que anunciou o fim do ensino para surdos e cegos. Inclusão entra na pauta da Câmara em Brasília

    Domingos Peixoto

    Duilo Victor

    O Ministério da Educação (MEC) informou ontem que desautoriza o anúncio feito pela diretora nacional de Políticas Educacionais Especiais do MEC, Martinha Claret, sobre o fechamento, até o fim do ano, do Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Surdos (Ines), em Laranjeiras, e do serviço de ensino fundamental para deficientes visuais do Instituto Benjamin Constant, na Urca.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, convocou as direções das duas instituições cariocas para uma reunião terça-feira em Brasília. Segundo o MEC, o encontro servirá para desfazer o mal-entendido criado pela declaração de Martinha. Cerca de 800 crianças e jovens das duas instituições recebem os serviços especiais, do maternal ao ensino médio.

    Câmara convoca Hadd ad para discutir inclusão

    A repercussão negativa da possibilidade de interrupção dos serviços fez a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados colocar em pauta na próxima terça-feira a convocação do ministro Haddad. A intenção é discutir a política de inclusão de alunos com necessidades especiais nas redes públicas municipais e estaduais. Na Defensoria Pública da União no Rio, o defensor André Ordacgy informou que irá instaurar um procedimento investigatório para analisar a situação do Ines e do Benjamin Constant.

    - Os colégios públicos e também os privados não estão preparados para receber os alunos com necessidades especiais, tanto na questão de acessibilidade quanto pedagógica. Já temos ações nesse sentido - informa o defensor público da União.

    Está prevista para hoje, às 10h, na Cinelândia, uma manifestação com entidades representativas de pais e de alunos com necessidades especiais contra a possibilidade de fechamento das duas instituições.

    - Querem os igualdade de oportunidades, mas a inclusão não ocorre de fato, pois não se colocam as tecnologias necessárias - conta a presidente da ONG Guerreiros da Inclusão, Sheila Melo, uma das organizadoras da manifestação. - Há alunos surdos, por exemplo, que não têm tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Líbras) das aulas.

    Prefeitura nega falta de intérpretes em escolas

    Kátia Nunes, diretora do Instituto Helena Antipoff, centro de referência de educação especial da prefeitura, nega que haja alunos surdos sem acompanhamento por intérprete na rede municipal:

    - Nos efetivamos o direito do acesso às crianças com necessidade especial à escola. Elas passam por avaliação pedagógica e têm seu encaminhamento garantido ao colégio escolhido pelo pai do aluno, com professor e intérprete adaptado às necessidades deles.

    Kátia garantiu que há intérprete para Líbras em número suficiente. A rede municipal tem 9.923 alunos com necessidades especiais, sendo 4.50 8 em salas especiais.

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