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26 de Abril de 2024
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    Caso Maia Russo: começou o júri do policial que participou da ação que culminou na morte da vítima e suspeito, quinta, 16/06.

    há 13 anos

    Começou por volta das 08h, desta quinta-feira, o julgamento do cabo da policia militar Silvio Roberto Monteiro de Miranda que participou da perseguição de um suspeito, resultando na morte de Gustavo Maia Russo e Lucivaldo Cunha Ferreira, que fazia o primeiro de refém no próprio carro, para escapar de policiais. A sessão de julgamento está sendo realizada no plenário do júri des. Elzaman Bittencourt, andar térreo do Fórum Criminal, na Cidade Velha, centro de Belém.

    Durante o julgamento serão ouvidas sete pessoas no total, além do interrogatório do réu, o último a prestar declarações para os jurados, seguindo-se os debates das teses acusatória e defensiva. Representando o Ministério Público está atuando o promotor de justiça Mário Vicente Brasil e em defesa do réu está atuando o advogado Paulo Ronaldo Albuquerque, com apoio dos advogados Daniel Augusto Castilho e Flávia Figueira.

    Gustavo Maia Russo e Lucivaldo Cunha Ferreira foram mortos em uma tarde, por volta de 16h, quando o carro do primeiro foi atingido por diversas de balas disparadas pelos policiais que perseguiam o suspeito de assalto, que mantinha o promotor de eventos refém.

    O perito de balística Nelson Silveira, do Centro de Perícias Técnicas e Científicas Renato Chaves, foi o primeiro a ser ouvido no júri. Ele respondeu perguntas sobre trajetória e tempo dos disparos, feitas pela promotoria seguida pela defesa e um dos jurados. A segunda pessoa ouvida pelos jurados foi a mãe da vítima. Iranilde Russo num breve depoimento a mãe contou como ficou sabendo sobre o trágico desfecho que vitimou o filho. Ela contou que tinha saído para afazeres domésticos e ao chegar em casa, no bairro do Março, avistou uma multidão e que era um movimento anormal, na entrada da Vila.

    Outros dois depoentes ouvidos contaram o que presenciaram no início da perseguição policial. Antonio Alexandre Lima Magalhães e Robson André Costa Ferro, moradores da área onde o produtor foi feito refém pelo suspeito, trajando farda de policial militar. Eles contaram que viram uma viatura passar em seguida e que teria dito que tinha ocorrido um assalto e o motorista era refém do assaltante. Outro depoente que também viu parte da ação policial e afirmou ter ouvido o primeiro disparo, e que ouviu o refém gritar.

    Gilberto da Silva Drago Júnior foi a primeira testemunha a prestar declarações no júri. O capitão da policial militar falou sobre a arma usada pelo policial, uma Carabina Magal Ponto 30, (com alto poder de perfuração) adquirida pela corporação, de fabricação israelense, projetada para conflitos urbanos. O depoente disse supor que o então soldado não tinha conhecimento técnico para manusear a arma, prestando informações técnicas sobre o armamento.

    O policial Edmar Costa foi o segundo capitão a prestar declarações no júri, arrolada como testemunha de defesa. Ele disse que o policial Monteiro foi seu subordinado, mas que o réu sempre foi um policial tranquilo e cumpridor de seus deveres. O depoente também prestou informações sobre o treinamento com a arma usada na perseguição pelo subordinado, alegando que à época em que este esteve sob seu comando não soube informar se o praça teve treinamento do uso da carabina.

    Após ouvida a última testemunha (o policial Edmar Costa) será a vez do policial Silvio Monteiro Miranda ser ouvido em interrogatório. O réu, caso queira, responderá as perguntas formuladas primeiro pela defesa, seguida pela acusação e também pelos jurados, caso tenha perguntas. Na ocasião o réu inicia a fazer a auto defesa, seguida pelos debates entre acusação (MPE) e defesa (advogados do réu). (Texto Glória Lima).

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/caso-maia-russo-comecou-o-juri-do-policial-que-participou-da-acao-que-culminou-na-morte-da-vitima-e-suspeito-quinta-16-06/2738017

    1 Comentário

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    Esse foi um dos casos mais estranhos que já vi. de início tanto a família da vítima quanto a acusação falavam em condenação por dolo eventual, mas como o poder judiciário endureceu com os militares e acenou com uma condenação prévia, mantendo as prisões de forma ilegal, a tese evoluiu para homicídio qualificado, pelo qual os militares pegaram penas altíssimas! continuar lendo