Comissão de Saúde debate a situação da saúde em Caucaia

A Comissão de Seguridade Social e Saúde debateu nesta quinta-feira (30/06), no Complexo das Comissões Técnicas, a atual situação de saúde do município de Caucaia. Durante o encontro, que contou com a participação da promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, doutora Isabel Porto; e da secretária de Saúde de Caucaia, Luiza Marilac Barros Rocha,foi apresentado o relatório da visita do colegiado às unidades hospitalares do município.

A deputada Inês Arruda (PMDB), responsável pelo requerimento de visita à cidade, disse que são várias as reclamações da população com a rede de saúde do município e destacou a falta de remédio e de ambulâncias, “que estão em péssimas condições”. A parlamentar relatou ainda que em um dos postos de saúde, “que nem nome tinha”, os curativos e a aplicação de injeções são feitos em local aberto nos fundo da casa. “Se os postos de saúde estão assim na sede do município, imagina no interior?”. Segundo revelou, foram encontrada várias caixas de remédio com data de validade vencida.

O líder do PSDB, deputado João Jaime, que também acompanhou a inspeção, discordou das queixas da deputada. Ele observou que as dificuldades do sistema público de saúde da cidade não diferem de qualquer outro local. “Se visitarem outro município, encontrarão uma situação lastimável. São condições precárias oferecidas pelo Governo Federal”, apontou, ressaltando, no entanto, uma melhora na saúde do município. O parlamentar denunciou pendências de prestação de contas de aplicações de recursos federais,na época da gestão de Inês Arruda.

A secretária de Saúde do município, Luiza Marilac, disse que a precariedade de algumas unidades hospitalares é oriunda de gestões passadas. Ela lembrou que na maternidade Santa Terezinha, por exemplo, toda a tubulação estava comprometida. Ela destacou o compromisso da prefeitura em melhorar a rede de saúde, informando que 26 postos de saúde estão sendo reformados. Quanto à greve dos servidores da área, disse que há um decreto do prefeito pedindo a suspensão para negociar com a categoria.

A promotora Isabel Porto observou que uma das situações mais preocupantes no município é o fechamento do Hospital e Maternidade Paulo Sarasate. Segundo ela, o fechamento acarreta a superlotação da rede de Saúde no município, tendo os pacientes muitas vezes que serem transferidos para a Capital. “Precisamos trabalhar essa unidade junto com a Secretaria de Saúde do Estado”, assinalou, referindo-se à reabertura do hospital.

LS/AM