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12 de Maio de 2024
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    Peixe-boi pode viver até 60 anos

    há 15 anos

    O peixe-boi é um animal de vida longa. Segundo especialistas, ele vive até 50 anos, podendo, em alguns casos, chegar a 60 anos. Ao longo do tempo, o homem tem sido, em grande parte, o responsável pelo encurtamento da vida desse animal. A caça indiscriminada fez do peixe-boi o mamífero aquático mais ameaçado de extinção no Brasil. Além da caça deliberada, outros fatores de extinção são a morte acidental em redes de pesca, o encalhe de filhotes órfãos e a degradação ambiental.

    De acordo com a International Union for the Conservation of the Nature (IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza, em português), todas as espécies de peixe-boi ainda existentes correm riscos de extinção. No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 1967, fazendo com que a sua caça e a comercialização de produtos derivados seja crime punido com até dois anos de prisão.

    Os peixes-boi ou vacas-marinhas possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas, chegando a pesar, quando adultos, cerca de 750 kg e medir 4,5 metros de comprimento.

    São animais de hábitos solitários sendo raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento. Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas mães e ainda se alimentam de leite. Depois do desmame vivem até os 50 anos e podem ser vistos se alimentando juntos no mesmo local. São animais muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e se encontram em risco de extinção.

    Seus corpos são robustos e maciços com cauda achatada, larga e disposta de forma horizontal. A dentição desses animais é reduzida a molares, que se regeneram constantemente, em virtude de sua dieta vegetariana quando adultos. Têm a pelé rugosa, com a cor variando entre cinza e marrom-acinzentado. A cabeça fica bem junto ao corpo. Pode-se quase afirmar que ele não tem pescoço, apesar de conseguir movimentar a cabeça em todas as direções. Ele tem olhos pequenos mas enxerga bem, sendo capaz até mesmo de reconhecer cores. O nariz está bem em cima do focinho, com duas grandes aberturas. O peixe-boi não possui orelhas. Os ouvidos são apenas dois orifícios um pouco atrás dos olhos, mesmo assim pode ouvir muito bem. Sua boca é grande com os lábios superiores amplos e se movimentam na hora de pegar o alimento.

    Possuem taxa reprodutiva muito baixa pois a fêmea, chamada peixe-mulher, segundo o Dicionário Aurélio, tem geralmente um filhote a cada três anos, sendo um ano de gestação e dois anos de amamentação.

    O Projeto Peixe-Boi foi criado pelo Governo Federal, numa tentativa de fazer uma avaliação da situação em que se encontrava o peixe-boi marinho no Brasil. Em 1990, o Projeto recebeu o status de Centro Nacional de Conservação e Manejo de Sirênios, uma unidade descentralizada do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Desde então, conta com o apoio técnico-administrativo da Fundação Mamíferos Marinhos, uma organização não-governamental sem fins lucrativos que capta recursos para investimentos no Projeto Peixe-boi.

    Em 1998, o Centro foi promovido a Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos, sempre atuando em parceria com a Fundação Mamíferos Marinhos na execução do Projeto Peixe-Boi.

    Para reverter o processo de extinção do peixe-boi marinho, o Projeto Peixe-Boi, com a unidade móvel Iguarakue, fez um extenso levantamento na costa brasileira, através de entrevistas direcionadas às populações ribeirinhas, definindo as principais áreas de ocorrência desse mamífero aquático, recomendando a criação de áreas de proteção ambiental e a implementação de bases executoras regionais.

    O Projeto Peixe-Boi resgata, reabilita e reintroduz peixes-bois no seu habitat natural. A reprodução e o nascimento de filhotes em cativeiro também são elementos importantes desta estratégia. Existem exemplos vitoriosos de animais que passaram por este processo, foram reintroduzidos e hoje são monitorados diariamente pela equipe técnica do projeto através da rádio-telemetria.

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