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3 de Maio de 2024
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    Pedidos de recuperação continuam a aumentar

    há 15 anos

    Sem créditos no mercado e submetidas a juros mais altos, o número de empresas que entrou com pedido de recuperação judicial quase quadruplicou neste primeiro bimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Serasa Experian. Foram 135 pedidos entre janeiro e fevereiro de 2009 e apenas 34 no mesmo período do ano passado. Os números também vêm crescendo comparando-se o início da crise até agora - à exceção de fevereiro que registrou leve queda decorrente do menor número de dias úteis no mês. Em novembro de 2008, foram 39 pedidos de recuperação judicial, seguidos de 46 pedidos em dezembro, 74 em janeiro deste ano e 61 em fevereiro.

    A queda de 17,6% registrada em fevereiro ocorreu, provavelmente em razão do chamado "efeito calendário", afirma o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, pois o mês é mais curto do que os demais. "A tendência é mantenha-se um número elevado de pedidos de recuperação pelo menos ao longo do primeiro semestre", afirma. Entre os motivos que o faz acreditar no prolongamento da crise está a continuidade da alta nos juros, o menor prazo de pagamento e a falta de créditos às empresas. Apesar desse aumento, Almeida ressalta que os pedidos de recuperação não são tão negativos quanto uma falência, já que apenas sinaliza uma dificuldade momentânea da empresa e há ainda a oportunidade dela se reerguer.

    Para o advogado falencista Nelson Marcondes Machado, do Marcondes Machado Advogados, o número de pedidos de recuperação deve continuar a crescer nos próximos meses. Segundo ele, as consultas com relação a um eventual pedido de recuperação judicial tem aumentado semanalmente no escritório. Ele já entrou com três pedidos neste ano e deve entrar com mais dois nos próximos dias. Um deles envolvendo cinco empresas do mesmo grupo do setor de comércio. "A dificuldade tem sido generalizada em todos os setores", afirma.

    O levantamento da Serasa Experian também registra uma elevação no pedido de falências em fevereiro, que totalizou 177 - crescimento em relação ao número de pedidos de janeiro, que totalizou 124 pedidos. O aumento pode ser resultado tanto da pouca familiaridade das pequenas empresas com a nova Lei de Falências de 2005 - que trouxe a possibilidade de recuperação judicial - quanto da situação crítica de algumas em que a recuperação não daria resultados significativos, acredita o assessor econômico da Serasa Experian. Mas, na opinião de Almeida, essa elevação não deve ser motivo para alarde já que no geral, se comparado o bimestre deste ano com o do ano passado, o número total de pedidos de falência se mantém estável com cerca de 300 casos.

    Adriana Aguiar, de São Paulo

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