Página 5 da Poder Legislativo do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro (DOERJ) de 21 de Outubro de 2014

Tenho aqui um exemplo, quando isso aconteceu nos Estados Unidos, eu me lembro, uns três, quatro anos atrás, o presidente Obama foi para o Congresso para pedir uma verba para a área. Olha só o que um país de primeiro mundo faz, o Presidente da República. No Brasil, se não forem essas militâncias, essa nossa luta, porque na verdade cada profissional que também vê, tem esse alcance nítido do problema e quer uma solução também milita por uma mudança. Na verdade, todos nós aqui estamos militando por uma mudança que seja efetiva. Se não houver essa pressão na gestão pública, para que venha uma verba específica para ampliar esse atendimento, de qualidade, um atendimento especializado, como disse o professor Luciano, corrigindo o Deputado aqui, especializado para a área, seja dentro do Capsi ou dentro de outra instituição qualquer, nós vamos ter um fingimento de atendimento e nós vamos ter as pessoas que podem pagar por atendimentos particulares recorrendo a redes particulares e as pessoas que não podem sempre jogadas para o setor público, dependendo daquele funcionário que faz um esforço monstro para se qualificar sozinho, para atender o melhor possível e não dá conta da demanda.

Então, acho que o ponto focal da nossa luta tem que ser exigir do poder público um atendimento para o autista de respeito, uma mudança efetiva nisso. Não pode ter um atendimento jogado simplesmente também num órgão, porque já existe uma rede. Eu me lembro que visitei um Capsi isso já há muito tempo, é um testemunho que eu trago. Eu até falei isso ontem. Ontem nós fizemos a reunião da nossa Comissão na OAB e o assunto apareceu lá pela primeira vez. Aí alguém falou da audiência hoje aqui e viemos em quatro para ca hoje exatamente para colher informações para a gente assumir uma posição. Nós nem temos uma posição, nós também estamos querendo aprender. Mas, o sentimento maior que me passa é esse, e eu me sinto também, diante da fala principalmente das mães, constrangido diante da minha incapacidade e da minha impotência de fazer algo efetivo. Sinceramente, me sinto superconstrangido. Humildemente estou falando isso, porque eu vejo o pouco que posso fazer, mas eu quero somar com vocês, eu quero ser mais um lutador e abrir espaço dentro da Comissão para a gente lutar, não um contra o outro, não uma instituição contra a outra, mas para lutar que venham verbas, que têm que vir para a saúde. Se tem verba para outros acontecimentos no país, se tem verba sobrando, inclusive, para ser desviada para o exterior, para contas pessoais, tem que ter verba para a saúde, principalmente para tratar as crianças com autismo do nosso Brasil.

Era isso o que eu queria deixar. Obrigado. (Palmas)

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