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31 de Outubro de 2024
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    MP denuncia oito por tráfico de drogas e participação no PCC

    MP denuncia oito por tráfico de drogas e participação no PCC Resultados da "Operação Carpa" foram apresentados à imprensa Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 11, o Ministério Público informou que denunciou junto à 10ª Vara Criminal de Porto Alegre oito pessoas por tráfico de drogas e participação no PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa baseada em São Paulo e com articulação em todos os estados brasileiros. Conforme a denúncia, assinada pelo Promotor de Justiça da Especializada Criminal da Capital Ricardo Felix Herbstrith, Marlon Nischespois Correa, o “Gaúcho”; Jose Carlos Schimidt Silva, de alcunha “Primo”; Michael Leandro Santos, o “Maik, Magrão ou Paulista”; Wagner Nilson de Abreu, conhecido como “Waguinho”; Alan Daniel Saldanha Fernandes, o “Daniel”; Marcos José Viotti, de alcunha “Mineiro”; Jane Subtil Gomes, a “Nega Jane”; e Vilmar Rodrigues da Silva, o “Maninho”, associaram-se de forma estável, para praticar o delito de tráfico de drogas.

    O MP pediu a prisão preventiva dos denunciados. Gaúcho está preso no Presídio de Corumbá, no Mato Grosso do Sul; Primo encontra-se foragido da Justiça; Waguinho está na Penitenciária Estadual do Jacuí; Daniel e Mineiro permanecem no Presídio Central; Maninho está em liberdade provisória; Maik e Nega Jane não tem condenação contra eles.

    Conforme o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, as investigações fazem parte da “Operação Carpa”, referência ao peixe que limpa o leito do rio. Ela foi iniciada em abril a partir de relatórios do Ministério Público de Mato Grosso e São Paulo. Foram monitorados, então, integrantes do PCC em presídios gaúchos, de Corumbá (MT) e São Paulo. “Foram identificadas as pessoas, monitorada a movimentação e bloqueada a aquisição de recursos financeiros a partir do tráfico de drogas. Esse foi um trabalho de inteligência do MP para que a célula do PCC não se estabeleça no Rio Grande do Sul”, enfatizou.

    Em seguida, Ricardo Herbstrith demonstrou alguns passos da Operação. “Foram milhares de horas de escutas telefônicas, em que se detectou que o PCC abandonou a estrutura política de auxílio aos presos e passou a ser uma organização criminosa de tráfico de drogas”, analisou.

    Além disso, durante as investigações, não houve menção à promoção de ataques às forças policiais, como ocorreu em SP e SC mês passado. A “Operação Carpa” apreendeu 5,7 kg de crack e 500 g de cocaína em agosto deste ano com Daniel, que retornava pela Rodoviária de Porto Alegre com a droga a mando do PCC. Foram três pessoas presas em flagrante, e um foragido foi capturado em Bagé ao preparar uma ação. Também foram identificadas contas bancárias utilizadas pela organização criminosa para a lavagem de dinheiro.

    Participaram da entrevista coletiva, ainda, o Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, David Medina, e os Promotores-Assessores da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Adriano Marmitt e Cesar Faccioli.

    ORGANIZAÇÃO INTERNA

    Os líderes do PCC estão todos presos em Avaré (SP). As interceptações, todas autorizadas pela Justiça, identificaram que, no dia 5 de cada mês, os integrantes do segundo posto na hierarquia principal ligavam para os gerentes regionais da facção para um balanço de quantas pessoas haviam ingressado, quantos já faziam parte, e quanto dinheiro havia em caixa. No RS, foram apenas oito batizados (ingresso de novos integrantes) nos últimos dois meses.

    Os integrantes são todos chamados de irmãos . Dois meses após sair do presídio, eles devem continuar contribuindo com o caixa da organização. Periodicamente, a organização realiza rifas entre os integrantes para angariar recursos para as ações. As formas de comunicação entre os líderes do grupo e as células regionais se dão através de “salves gerais”, que se constituem em ordens para diversas atividades, desde ataques até o informe das rifas. Há a figura do “salveiro” , que envia os comunicados.

    O PCC é organizado a partir de seis estruturas: comando, financeira, operacional, controle de pessoal, jurídica e de expansão de poder.

    Operação iniciou em abril deste ano Oito foram denunciados por participação no PCC Parte do estatuto do PCC, encontrado na PEJ e Presídio Central "Salve geral" apreendido em presídios gaúchos Movimentação foi monitorada nos últimos meses Venda de drogas é principal fonte de financiamento do PCC no Estado

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/mp-denuncia-oito-por-trafico-de-drogas-e-participacao-no-pcc/100237700

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