Mutirão do Transtorno Mental realiza segunda reunião
A coordenação do Mutirão do Transtorno Mental realizou sua segunda reunião nesta segunda-feira, 14.04, na sala de audiências da 2ª Vara Criminal (Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto). Na oportunidade, os membros do Ministério Público, Defensoria Pública, OAB e Arquidiocese de Teresina, foram informados que os nomes das pessoas internadas no hospital penitenciáro Valter Alencar e no hospital psiquiátrico Areolino de Abreu, em decorrência de transtornos mentais, foram encaminahdos aos respectivos Juízos.
A coordenação também informou aos presentes que dois casos de conflito entre informações de desinternação e exame de saúde foram detectados, concluindo em necessidade de internação. Outro problema detectado diz respeito ao acolhimento de pacientes desinternados, quando não há parentes interessados ou aptos a recebê-los.
Para o juiz José Vidal de Freitas Filho, coordenador do mutirão, a falta de vagas nas residências terapeuticas pode prejudicar, em muito, os resultados dos trabalhos do esforço concentrado, pois a decisão de desinternação dos que já podem ser tratados sob medicação prescrita pode não ter o efeito prático, "para não se jogar na rua os pacientes que não tem lhes acolha", pontuou.
Ainda segundo Vidal de Freitas, o Poder Executivo, tanto estadual quanto municipal, "precisa assumir sua parte, criando e mantendo as unidades necessárias da rede de atenção psicosocial, para que o sofrimento psiquico possa receber os cuidados devidos, pois não há como determinar a que tipo de violências estarão sujeitos os pacientes se forem abandonados após a desinternação".
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