A razão com razão
Somente agora, depois destes anos todos de advocacia é que me ocorre a ideia de que servir o direito ou a própria justiça é um ofício de paciência e resignação do jurisconsulto e quase sempre de incompreensão por parte daqueles que, mesmo sem qualquer estudo da volumosa ciência, se sentem doutores na crítica açodada.
Sim, digo isso porque ao longo dos anos, como causídico, sempre busquei dar ao meu cliente a real ideia de adequação do que ele diz e do que realmente a lei lhe confere.
Me desculpem os que pensam diferente, mas, esses críticos sem causa de que falo, nutrem a ilógica ideia de que o seu pensar e o seu fazer representa a exata consciência do legislador ou a milenar ciência jurídica. Não mesmo.
Não é raro e nem nunca foi, operadores do direito, se debruçarem em estudos, por doutrinas, jurisprudências e leis na busca de soluções, para, depois de tudo, saber que o cliente tão só queria ouvir de você que ele tinha razão.
As enxurradas de processos, talvez e s. M. J, em boa parte se justifiquem justamente pelo fato de que o patrocinado não goste de ouvir “não” ou que não é dele o beneplácito perseguido. Aliás, lembro-me, até por isso, aquele clássico jargão popular que a isso muito bem se adéqua: “me engana que eu gosto”.
A razão vai muito além da razão, e quem a tem não a perde diante da emoção.
Advocacia Oliveira
20 anos servindo justiça.
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