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5 de Maio de 2024

Feminismo: conceito e fatos históricos

Publicado por Chiara Costa
há 4 anos

É um conceito que surge no século XIX, acredita-se que esse seja o marco inicial do seu desdobramento para a sua inserção no contexto social e político, porém não se pode afirmar que surgiu nesse século o conceito ‘feminismo”. É um movimento que produz sua própria reflexão crítica, sua própria teoria.

Em 1971 após a criação da declaração dos direitos do homem e do cidadão a revolucionária Olympe de Gouges escreveu a “declaração dos direitos da mulher e da cidadã”, no qual ela criticou a Declaração da Revolução, pois era exclusivamente aplicada aos homens. Ainda, provocou sobre a autoridade do homem e questionar sobre a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Por este ato, ela foi executada e sua morte é considerada um marco inicial do feminismo no mundo, vindo posteriormente a sua morte haverem diversos movimentos feministas.

Ao longo da história ocidental sempre houve mulheres que se rebelaram contra sua condição, que lutaram por liberdade e muitas vezes pagaram com suas próprias vidas.

No século 19 a sociedade europeia emergia para um estado liberal, ganhou assim os movimentos feministas conhecidas como as sufragetes, um impulso para seu desdobramento revolucionário. Sendo o epicentro da emancipação feminista a Inglaterra (primeira onda do feminismo) centralizou a luta pela igualdade em todos os âmbitos, do direito ao voto as mesmas condições de empregabilidade. Essa característica no feminismo em relação a emancipação se deu a visível inclinação das leis a época numa sociedade já liberal a abismos na tangente igualdade entre homens e mulheres.

A primeira onda do feminismo no Brasil ocorreu com as denominadas sufragetes brasileiras, lideradas por Bertha Lutz, bióloga, cientista de importância na luta pelo voto. Este feminismo inicial, tanto na Europa como no Brasil, perdeu força na década de 1930 e só aparecerá novamente na década de 1960 (surge o movimento hippie). Um livro marcará as mulheres e será fundamental para a nova onda do feminismo: O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, publicado pela primeira vez em 1949, estabelecendo um dos lemas do feminismo: “não se nasce mulher, se torna mulher”.

Em Betty Friedan lança em 1963 o livro que seria uma espécie de “bíblia” do novo feminismo: A mística feminina. O movimento ressurge e pela primeira vez falam diretamente sobre a questão das relações de poder entre homens e mulheres. A década de 1960 no Brasil foi de intensa modificação social e política a exemplo da instituição do AI-5 que transformava o presidente em um ditador, vivendo dessa forma no Brasil um momento de retrocesso devido a instituição política da época.

O fato é que do surgimento até a contemporaneidade o feminismo continua sendo um movimento que passou por diversas fases para quebrar determinadas ações patriarcais que condicionaram a mulher a uma submissão desde a sua expectativa de vida (gestação). Logrou êxito nas mais diversas formas obtendo para mulheres, seja ela de qualquer idade o direito de uma construção político social que independesse do domínio do patriarcado que a séculos reduz a mulher a uma objetificação passional.

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