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1 de Maio de 2024

O dólar a R$ 4 em Outubro de 2002 equivale a um dólar de R$ 6,86 hoje

Refazendo os cálculos usando índices de preço ao consumidor.

Publicado por Thiago Venco
há 9 anos

Para esclarecer um cálculo que não é tão evidente para leigos, ainda que as contas sejam simples: em Outubro de 2002 o dólar chegou a R$ 4. Mas corrigida a inflação do dólar, segundo o calculador do Departamento de Trabalho dos EUA, por um índice de preços ao consumidor, o valor atualizado seria de USD 1,32.

O dlar a R4 em Outubro de 2002 equivale a um dlar de R686 hoje

Já o Real, usando a calculadora do Banco Central do Brasil, ajustado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), os R$4,00 de Outubro de 2002 valeriam R$9,06.

O dlar a R4 em Outubro de 2002 equivale a um dlar de R686 hoje

Portanto, se fizermos a comparação destas cotações atualizadas pela inflação, temos o resultado:

Se dividirmos (R$ 9,06 / USD 1,32), 1 dólar = R$ 6,86.

Ou seja, ainda que o cenário atual seja alarmante, é preciso esclarecer que a comparação do valor bruto não é adequada.

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52 Comentários

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Lamentável a postura de desinformação social de um jornal como o Estado de São Paulo: a indução ao erro de interpretação é grave.

Dólar chega a R$ 4,14 e o BC intervém
Na terça-feira, moeda americana fechou cotada em R$ 4,05, o maior valor desde a criação do real, em julho de 1994 continuar lendo

Não sou economista, mas acredito estar havendo uma pequena confusão. Quando falamos de índices de inflação usamos médias de produtos, serviços num dado período. Já a cotação do dolar não é calculada da mesma forma. Podemos ter uma cotação de R$4,00 num dia e de R$3,00 no dia seguinte. Ou seja são indicadores que não podem ser comparados nominalmente... continuar lendo

Eu também não sou economista Adelson. Peguei dois índices comparáveis: índice de preços ao consumidor. A questão aqui não é fazer uma análise da flutuação, mas sim, deste valor de R$4, que gerou tamanha celeuma na sociedade brasileira. continuar lendo

Concordo, Adelson Pereira.
Inflação e câmbio flutuante, juntamente com o superávit primário, formam o tripé do Plano Real, que estabilizou a moeda. Claro que há interligação entre os três, mas a ideia de calcular o valor de fato do dólar com base na inflação seria o mesmo que ignorar a responsabilidade fiscal como o pé manco que iniciou o caos econômico atual. Além de outros fatos ex-economia.
A proposta é criativa mas a contabilidade do Mantega também era. continuar lendo

1º Em 2002 o dólar não chegou a R$ 4,00. Chegou a R$ 3,99. "Putz, que diferença, hein? R$ 0,01.".É o mesmo cara que é contra o IOF de 0,38% (0,0038) ou o de 6,38% (0,0638). Vá entender!
2º Em 2002 o dólar chegou a R$ 3,99 no fechamento do câmbio em 1 ÚNICO DIA.
3º Durante todo o ano de 2002, o dólar só fechou acima de R$ 3,90 em 5 dias, todos no mesmo de outubro, mês de eleição, e não em dias consecutivos.
4º Em 2015 o dólar está acima de 3,90 desde o dia 18 de setembro, são 8 dias consecutivos, incluindo 2 dias fechando acima de R$ 4,00 (R$ 4,05 e R$ 4,14) isso ajuda (não exclusivamente) a mostrar que...
5º Os motivos que levaram o dólar a R$ 3,99 em 2002 são completamente diferentes dos que estão levando o dólar a bater recordes neste ano. E isso preocupa. Em 2002 foi basicamente uma questão política, do Lula ser presidente e ter capacidade ou não de continuar levando o país pra frente - na verdade era o medo de que ele mudasse completamente o país. Já hoje a história não é tão simples assim. Estamos com problemas econômicos graves, estruturais, e o governo está com muita dificuldade de controlar a situação. Isso gera pessimismo e o mercado se resguarda quanto a isso. Só que a cotação do dólar não é refletido só nesse ponto. Tem os juros dos Estados Unidos, tem a economia da China que impacta e muito a nossa, tem catástrofes no mundo, tem vários fatores. Então quando a gente já está numa situação péssima e acontece outra dessas ruins, aí a coisa vai desabando mesmo.
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Agora abordando um assunto paralelo. Vejo alguns falando que o salário-mínimo é U$200. Agora sim! Em 2002, era U$ 50 e agora é R$ 200. Alguém dá um prêmio para quem escreveu isso. Foi a melhor. Vamos lá. O salário-mínimo no Brasil é R$ 788. Se você pegar isso e levar na casa de câmbio mais barata hoje você vai ter U$187, considerando ainda que neste momento agora o dólar está em queda. Então tá, o salário-mínimo vale U$187. Óoooo que legaaaal. No país capitalista opressor que é os Estados Unidos o salário-mínimo vale mais de U$1.400! Quase 8x mais! Só que não dá pra comparar, porque lá a inflação é muito mais controlada do que aqui. Mas beleza, vamos então falar do salário-mínimo em real: R$ 788. Segundo nossa Constituição, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. Não ria, isso é verdade, tá lá no artigo 6º. Agora faça qualquer conta incluindo todos esses itens e me diga quanto que sobrou no fim do mês de quem ganha um salário-mínimo. Na melhor das hipóteses - ou melhor, em qualquer hipótese -, você não incluiu carro e gastos derivados, nem viagem de avião, os quais, segundo o atual governo, os pobres tanto conquistaram, por isso você quase não vê propaganda de concessionárias de carros na TV, revistas, jornal ou no YouTube. Salário-mínimo bastava em 2002? Claro que não! E hoje tá muito melhor? Claro que não! Pode até estar um pouco melhor, mas é como dizer que comer comida estragada de 4 dias é melhor do que comida estragada de 6 dias, depois de mais de 12 anos no poder. E olha que nem vou falar dos sem-terra para não mudar o foco! continuar lendo

Concordo que a conta em números não ajuda. É uma questão de poder aquisitivo mesmo. Alguém se arrisca a limitar algum referencial para a discussão? (Ex.: Composição e Preço de Cesta-Básica, Água, Energia Elétrica, Valor de Imóveis e Aluguéis, Material Escolar e Escola, Remédios e Consultas Médicas, Pacotes de Viagem e Combustíveis, enfim... Quem sabe utilizando a desvalorização que a inflação provoca/provocou na nossa moeda R$).
Confesso não ter a capacidade de analisar os fatores, parâmetros, enfim... continuar lendo

Excelente análise Thiago. Uma pena esta tendência defensiva de sempre associar qualquer análise a uma disputa política, tentando colocar numa balança quem é melhor que quem. Por isso gosto cada vez mais das ciências exatas. continuar lendo

Me preocupa demais o tom acusatório com que tratam qualquer mínima contradição, ou pior, imaginada, ilusória contradição. É uma espécie de "criminalização" da discordância, em que a vítima são os fatos; paira no ar um elogio ao destempero, um incentivo ao embate, um desincentivo aos argumentos que não tem nada de civilizado, muito menos democrático. continuar lendo