Página 132 do Diário de Justiça do Estado de Rondônia (DJRO) de 12 de Maio de 2021

evitar aglomerações, como são os transportes públicos, cinemas, teatros, escolas com aulas presenciais, cultos, missas, festas, etc. Caso a suspensão das atividades seja por longo tempo é necessário que o Poder Público dê a contrapartida financeira ou tome medidas para manter o distanciamento social e permitir o trabalho e o exercício da livre iniciativa. Infelizmente, o isolamento social, medida mais drástica que o distanciamento, tem sido o caminho seguido para conter o avanço da doença pelas autoridades públicas. Isso porque há muitas pessoas que ainda não adquiriram a consciência da gravidade da doença e outros, por ignorância, por ego, não procuram tomar o devido cuidado para evitar o contágio e a disseminação do coronavirus.

A conscientização sobre a gravidade da doença, o uso de máscaras de forma adequada, a higienização da mãos com álcool e sabão, não tocar nos olhos, nariz e boca, e o distanciamento social são, dentre outras medidas preventivas, as mais efetivas à disposição de toda a população no controle de quaisquer doença, e não só ao coronavirus, de modo que não haveria a necessidade de se decretar o isolamento social que na atual conjuntura econômica, não trará mais resultados efetivos no controle da pandemia. O problema se agrava pelo fato de que a doença vem avançando, apesar da ordem de isolamento social e da restrição às atividades comerciais, industriais, educacionais e sociais. E não há como manter e cumprir essas ordens de isolamento e fechamento de estabelecimento se a crise já atingiu a base das necessidades do ser humano (Teoria das necessidades de Maslow).

As regras sociais valem muito pouco ou quase nada quando as necessidades básicas estão em jogo. O homem das cavernas saía de seu ambiente seguro para buscar alimento para si e sua família, apesar dos riscos de ser ele também alimento de outros animais. A situação se assemelha à da pandemia do coronavirus, e apesar do perigo da doença e das proibições impostas pelo Poder Público, certamente o homem sairá de seu isolamento para suprir suas necessidades básicas e descumprirá quaisquer regras, com uma agravante: não vemos o nosso inimigo e acreditamos que estamos seguros, mas pouco sabemos sobre seu comportamento.

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