evitar aglomerações, como são os transportes públicos, cinemas, teatros, escolas com aulas presenciais, cultos, missas, festas, etc. Caso a suspensão das atividades seja por longo tempo é necessário que o Poder Público dê a contrapartida financeira ou tome medidas para manter o distanciamento social e permitir o trabalho e o exercício da livre iniciativa. Infelizmente, o isolamento social, medida mais drástica que o distanciamento, tem sido o caminho seguido para conter o avanço da doença pelas autoridades públicas. Isso porque há muitas pessoas que ainda não adquiriram a consciência da gravidade da doença e outros, por ignorância, por ego, não procuram tomar o devido cuidado para evitar o contágio e a disseminação do coronavirus.
A conscientização sobre a gravidade da doença, o uso de máscaras de forma adequada, a higienização da mãos com álcool e sabão, não tocar nos olhos, nariz e boca, e o distanciamento social são, dentre outras medidas preventivas, as mais efetivas à disposição de toda a população no controle de quaisquer doença, e não só ao coronavirus, de modo que não haveria a necessidade de se decretar o isolamento social que na atual conjuntura econômica, não trará mais resultados efetivos no controle da pandemia. O problema se agrava pelo fato de que a doença vem avançando, apesar da ordem de isolamento social e da restrição às atividades comerciais, industriais, educacionais e sociais. E não há como manter e cumprir essas ordens de isolamento e fechamento de estabelecimento se a crise já atingiu a base das necessidades do ser humano (Teoria das necessidades de Maslow).
As regras sociais valem muito pouco ou quase nada quando as necessidades básicas estão em jogo. O homem das cavernas saía de seu ambiente seguro para buscar alimento para si e sua família, apesar dos riscos de ser ele também alimento de outros animais. A situação se assemelha à da pandemia do coronavirus, e apesar do perigo da doença e das proibições impostas pelo Poder Público, certamente o homem sairá de seu isolamento para suprir suas necessidades básicas e descumprirá quaisquer regras, com uma agravante: não vemos o nosso inimigo e acreditamos que estamos seguros, mas pouco sabemos sobre seu comportamento.