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16 de Junho de 2024
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    14/07 – Turma do curso de mediação da Defensoria começa estágio supervisionado

    Mais de vinte servidores se preparam desde abril deste ano para atuarem como mediadores em seus núcleos

    A turma do curso de mediação promovido pela Escola de Assistência Jurídica da Defensoria (Easjur) recebeu no início deste mês as instruções referentes ao estágio supervisionado, que terá início na próxima quarta (16) . O estágio é a última etapa de capacitação para que os vinte e três alunos passem a atuar como mediadores em seus núcleos. Cada aluno precisa participar no mínimo de 10 mediações antes de ser considerado apto para começar a atuar. “Normalmente, são necessárias mais”, explica uma das professoras, Rachel Bernardes.

    A instrutora do CNJ elogia a iniciativa da Defensoria Pública em promover o curso de capacitação. “Ela está em absoluta sintonia com o que vem sendo discutido sobre o conceito de justiça, que é não responder apenas aquela demanda judicial, mas atender realmente às demandas da população”, afirma. Esta é a primeira vez que o curso é oferecido, e a ideia é fazer algumas alterações com base nessa experiência para edições futuras. Para Bernardes, a maior dificuldade vai além da metodologia. “Estamos acostumados a enxergar o conflito de forma negativa, mas o conflito é neutro. O maior obstáculo é fazer com que as pessoas vejam o conflito como uma oportunidade de crescer”, explica.

    Bernardes ministrou o curso na companhia de outros dois instrutores do CNJ, Pedro Nepomuceno e Bernadina de Souza. Os três agora vão acompanhar o estágio da turma por meio de relatórios, feedbacks e reuniões com os alunos para identificar questões que tenham gerado dúvidas durante as mediações. “Em termos de mediação, não há como falar em certo ou errado. A boa mediação é aquela que atende às necessidades das partes”, afirma Bernadina.

    Os alunos participarão das mediações como observadores, co-mediadores e também conduzindo a mediação, de acordo com um cronograma estabelecido que acompanha leituras e exercícios. A coordenadora do Departamento de Apoio Psicossocial (DAP), Ingrid Quintão, explicou à turma os locais e períodos em que seriam distribuídas as mediações e tirou dúvidas quanto ao diálogo que deve ser mantido com o DAP para realizar o acompanhamento. “A ideia é que a gente tenha um centro de mediação, mas que ela ocorra em todos os núcleos, com um grupo de acompanhamento e capacitação contínua”, afirma a coordenadora.

    Não há uma data fixa para o fim do estágio, uma vez que ele depende do número de sessões necessárias para que o aluno se habilite, além da disponibilidade das pessoas que são atendidas na mediação. Manuel Alves é um dos alunos do curso, e trabalha na assessoria da Corregedoria. Para ele, o maior desafio é usar as palavras adequadas durante as sessões. “São as palavras positivas, como a gente chama. Para evitar julgamentos”, esclarece. Não julgar foi a maior lição aprendida por Vilma Batista, servidora do Núcleo de Samambaia. “Aprendi a respeitar as pessoas como elas são, sem criticar. Já estou aplicando isso no meu trabalho e na vida pessoal”.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/14-07-turma-do-curso-de-mediacao-da-defensoria-comeca-estagio-supervisionado/339240421

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