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16 de Junho de 2024
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    A Covid-19 não poupa ninguém: Ministério da Saúde recomenda confecção de máscaras caseiras para prevenção

    O Ministério da Saúde divulgou, na última semana, novas orientações quanto ao uso de máscaras de proteção como forma de prevenção contra o coronavírus. Diante da grande procura pelo produto em farmácias e supermercados, a recomendação é que se confeccione em casa. Seu uso passou a ser indicado mesmo por indivíduos assintomáticos.

    Segundo orientações do Ministério da Saúde, a máscara de proteção deve ter, pelo menos, duas camadas de pano, seja de algodão, tricoline, TNT ou outro tecido. A utilização deve ser individual e intransferível. As medidas do pano devem ser adequadas para que a máscara cubra totalmente a boca e o nariz e fique bem ajustada ao rosto, sem deixar espaço nas laterais.

    Confira 5 passos para a confecção:
    1- Pegue um pano e dobre em duas camadas, chegando a um formato retangular;
    2- Coloque dois elásticos, um em cada lado do pano;
    3- Dobre as pontas para o lado interno, intercalando para que não soltem;
    4- Puxe os elásticos para prendê-los na orelha. A máscara está pronta;
    5- Ao colocá-la, garanta que esteja cobrindo as narinas e a boca.




    O Ministério da Saúde também informou que está realizando compras com fornecedores nacionais e internacionais para garantir tal proteção a profissionais de saúde. Haverá, ainda, uma campanha digital para que a população fabrique suas próprias máscaras de pano, atentando às limitações e especificidades dessa alternativa.

    Com o início do alerta em torno da proliferação da Covid-19 no Brasil, o órgão havia recomendado, no início de março, o uso de máscaras apenas por quem já contraiu a doença ou em casos de suspeita. Desde o avanço dos casos, as medidas de prevenção foram aprimoradas, até chegar aos moldes atuais.

    Uso de máscaras visa o bem-estar coletivo

    A médica Ana Escobar afirma, em publicação no seu perfil no Instagram, na semana passada, que a máscara de proteção deve ser usada sempre ao sair de casa, durante a quarentena. “Evidências têm provado que o uso de máscaras por pessoas que não estão doentes, ou seja, assintomáticas, pode ajudar a proteção de todos”, explica.

    Ela ressalta, ainda, que a máscara não se restringe à proteção de quem a usa, mas também de quem está ao lado. Segundo a médica, pessoas contaminadas podem transmitir o vírus dois ou três dias antes de apresentarem os primeiros sintomas. Além disso, há a possibilidade de transmissão sem que sintomas se apresentem.

    “Se essas pessoas forem ao mercado ou à farmácia e, por acaso, tossirem ou espirrarem, podem contaminar outras tantas pessoas. A máscara protege disso, pois a tosse ou o espirro faz com que boa parte das gotículas de secreção com milhares de partículas virais fiquem ali contidas”, observa Ana, na mesma publicação.

    “Não há máscaras cirúrgicas disponíveis para todos. Por isso, as máscaras caseiras, embora não sejam obviamente ideais, podem ajudar, desde que tapem o nariz e a boca, não sejam tocadas pelas mãos durante o uso e sejam descartadas no lixo após duas horas ou ao ficarem úmidas”, assinala.

    A médica tem usado suas redes sociais para compartilhar medidas de precaução contra o coronavírus. Assista, no Instagram, ao vídeo em que Ana Escobar ensina a fazer uma máscara de proteção.


    Em vídeo também postado no Instagram, Ana ensina a higienizar as máscaras. Uma opção recomendada é lavar com água e sabão, separada de outras peças. Outra forma, mais prática, consiste em deixá-la de molho na água sanitária por no mínimo 15 minutos e enxaguar em seguida.

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    Atenção às pessoas idosas

    Mais suscetíveis a complicações em casos de contaminação, as pessoas idosas formam o principal grupo de risco da pandemia, junto a portadores de doenças crônicas ou respiratórias. Presidente da Comissão da Pessoa Idosa do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM, a advogada Maria Luiza Póvoa ressalta a necessidade de se seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde - OMS e do Ministério da Saúde, com atenção especial aos mais velhos.

    “O contato com os idosos, neste momento de isolamento social, deve ser restrito ao mínimo possível, inclusive entre os familiares. Se for preciso ir à farmácia ou supermercado, que seja de máscara, levando o álcool em gel consigo, mantendo distância de dois metros das outras pessoas, sendo que o ideal seria adquirir produtos por tele-entrega e realizar procedimentos bancários pela internet”, recomenda Maria Luiza. Além disso, atividades que exijam sair de casa devem ser realizadas por terceiros, sempre que possível.

    “É absolutamente necessário cobrar das autoridades tratamento diferenciado aos idosos no acesso aos serviços públicos e essenciais”, opina a advogada. Representando o IBDFAM, ela integra o Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Idosa, que deliberou, no dia 30 de março, sobre o uso do Fundo Nacional da Pessoa Idosa para apoiar as Instituições de Longa Permanência de Idosos. A medida, segundo Maria Luiza, seria de grande ajuda à parcela dessa população que não vive com a família.

    Isolamento severo sem abandono afetivo

    Ela defende um distanciamento social, recomendado a todos durante a quarentena, ainda mais severo para as pessoas idosas. “Para que a medida tenha resultados mais satisfatórios, é essencial o envolvimento da família, que deve contribuir para que o idoso tenha as condições materiais para o isolamento no formato necessário. A família também deve orientá-lo, com respeito à sua dignidade, sobre o protocolos de higiene que ajudam a evitar a doença”, atenta.

    A advogada ressalta que é preciso assegurar o isolamento sem relegar o idoso ao abandono afetivo. “É preciso conversar com ele, explicando, com objetividade, sem tom de brincadeira ou tampouco alarmismo, sobre as principais formas de contágio da doença e os modos de evitá-la”, propõe.

    “Quem mora com um idoso precisa entender que proteger a si mesmo do contágio é muito importante para não levar a doença para dentro de casa. Para o idoso que mora sozinho, é necessário, realmente, reduzir ao máximo as visitas. Quando essas forem necessárias, deve-se ter todo o cuidado com a higiene”, acrescenta.

    Para Maria Luiza, a tecnologia é uma ótima aliada em tempos de pandemia. “WhatsApp, videochamadas e o próprio telefone podem contribuir bastante para atenuar o sentimento de solidão e outras emoções associadas a esta fase de distanciamento social. É necessário que o idoso tenha a absoluta certeza de que está sendo cuidado e amado, ainda que a distância.”

    Informações básicas

    Entre os principais cuidados a serem seguidos por toda a população a fim de se evitar a contaminação pela Covid-19 e conter a pandemia, o Ministério da Saúde destaca: lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel; cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir; evitar aglomerações se estiver doente; manter os ambientes bem ventilados; e não compartilhar objetos pessoais.

    A transmissão pode ocorrer pelo ar ou por contato físico com secreções contaminadas. Deve-se evitar contato próximo, a menos de um metro de distância com outras pessoas, mesmo que assintomáticas. Os sinais e sintomas da doença são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado, como febre, tosse seca e dificuldade para respirar.

    Demais dúvidas podem ser sanadas no site do Ministério da Saúde.

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