A desesperança da senilidade e a constitucionalização do amparo ao idoso
Velhice é o nome de um atemorizante poema de Vinicius de Moraes (1913-1980) que nos incita a viver com energia, antes que passem os anos, e que nos amarguremos, definitivamente, pelo resto dos tempos, que a cada de um de nós ainda tem. A inquietação com a senilidade é uma forma disfarçada de nos preocuparmos com nós mesmos, em nossos tempos, como vivemos, e com aqueles que amamos, e com quem a vida compartilhamos.
Vinicius anunciava que viria o dia no qual seria um velho experiente, quando olharia as coisas através de uma filosofia sensata, e quando leria os clássicos com a afeição que a mocidade a ninguém permite[1]. Clássicos são aqueles livros que, quando lemos, dizemos que estamos relendo. Ninguém lê Os Lusíadas, A Ilíada, O Paraíso Perdido ou Dom Casmurro. Uma regra de etiqueta de vaidade intelectual dispõe que se diga estar “relendo” Camões, Homero, Mílton e Machado de Assis. É assim, clássicos nunca são lidos, são sempre relidos. Talvez platonicamente já nascemos com essa carga de leituras.
Nunca podemos dizer que estamos lendo A Teoria Pura do Direito. A nobreza obriga que fale...
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