A intolerância dos nossos jovens
* Cilene Guimarães é deputada estadual (PR)
A cada dia que se passa ficamos mais assustados com as atitudes de intolerância, chegando ao extremo da violência, de alguns jovens brasileiros, que, por pouco ou quase nada, partem para a agressão verbal e física contra aqueles que, por algum motivo, contrariam seus desejos. São atitudes que se tornaram comuns em casa, na convivência com os pais e irmãos; nas escolas, no relacionamento com professores e colegas; e principalmente nas ruas, onde não encontram limites para suas atitudes, colocando-se acima da legislação e das regras de convivência social e de boa conduta.
Os noticiários veiculados pelos meios de Comunicação estão recheados de histórias chocantes, envolvendo jovens de todas as classes sociais, que individualmente ou em grupo protagonizam cenas de violência, agredindo ou tirando a vida de seus supostos adversários. Formam grupos, traduzidos pela polícia como verdadeiras gangues, que muitas vezes são pautados pela concorrência entre eles, na busca de quem tem mais ousadia na prática de crimes. E que ninguém ouse impedi-los de praticar suas barbáries.
No relacionamento com os pais, ignoram a hierarquia de um lar, subvertendo os valores e ditando as normas que lhes interessam, independente da vontade e do poder aquisitivo da família. Exigem os bens de consumo que os colegas usam na escola, nos shoppings e nas festas, como calçados e roupas de grifes famosas. Conseguem contaminar o relacionamento e a convivência em casa, criando um clima de insegurança e preocupação dos pais na conduta da família e no destino de seus filhos.
O que está acontecendo com as famílias brasileiras? Onde estão os erros na educação dos filhos? É preciso descobrir caminhos que fortaleçam os valores morais e cristãos na sociedade, trazendo de volta os filhos, que, por um motivo ou outro, se desgarraram da convivência familiar. É um dever de todos, incluindo o Estado, a igreja, a escola, e, principalmente a família, o resgate dos valores familiares, o respeito entre pais e filhos e destes com o próximo. O relacionamento social, e aí principalmente dos jovens, precisa ser pautado pelo amor, pelo respeito aos direitos de cada um. E nós, pais, temos o dever de estar atentos às mudanças de comportamento de nossos filhos, para não perdê-los para o crime, para a violência.
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