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5 de Maio de 2024
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    Abandono de animais mobiliza universidades públicas do Brasil

    Placa no campus Torquato Neto

    Universidade públicas de todo o Brasil convivem com um problema relativamente novo: o abandono de animais dentro dos campi. Instituições como a UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais, e a UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, também enfrentam o mesmo desafio, que por vezes acaba tomando proporções mais drásticas, com casos de mortes em massa de animais nas dependências das instituições.

    Foi o que ocorreu na UFMG no último mês de março, com sete felinos encontrados mortos nas proximidades da Fafich, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, deixando a administração da universidade e os simpatizantes da causa animal alarmados. A UFRJ, assim como a UESPI, também fixou placas para conscientizar a comunidade de que é crime abandonar e cometer maus-tratos contra animais, passível de detenção de até 1 ano.

    De acordo com o assessor de imprensa da prefeitura universitária da UFRJ, Sidney Coutinho, a UFRJ realizou até um evento sobre o tema, o “1º Encontro Sobre Animais Abandonados em Campi Universitários”. “Esse é um problema que tem atingido cada vez mais as universidades públicas brasileiras, que são detentoras de áreas extensas e de difícil controle e monitoramento”, afirma Sidney.

    Como o problema é relativamente novo, em geral as universidades ainda não contam com orçamento previsto para este fim. Na UESPI, muito do que vem sendo feito conta com a colaboração de professores simpatizantes da causa e entidades como APIPA e IBAMA. As iniciativas já adotadas na Universidade Estadual do Piauí estão servindo de referência para outras instituições que convivem com a mesma situação. Placas informativas estão sendo instaladas em todos os campi, alertando que abandonar animais é crime previsto em lei federal. Outras peças educativas são cartazes, adesivos para carro e panfletos que orientam sobre como ajudar a identificar infratores. A vigilância física e por monitoramento eletrônico também já está instruída a agir no sentido de identificar e encaminhar para a punição quem for visto abandonando animais na instituição.

    Falsos Alarmes

    A grande população de felinos tem gerado falsos alarmes sobre doenças transmitidas por estes, como a toxoplasmose. A UESPI garante é essa informação é improcedente e que nenhum funcionário ou aluno da instituição foi infectado.

    Sobre as formas de transmissão da doença, o professor Gustavo Melo, veterinário, docente da UESPI de Parnaíba, esclarece: “Estudos mostram que nunca foram isolados oocistos em pelé de gatos, mesmo quando este está excretando estes oocistos. Isso demonstra que é improvável o risco de adquirir toxoplasmose apenas acariciando um gato ou mesmo por mordidas ou arranhões”. O professor afirma que não se pode deixar de reconhecer o papel do gato doméstico e dos demais felídeos na manutenção no ciclo evolutivo do Toxoplasma gondii (agente causal da toxoplasmose), porém, sabe-se que há fatores muito mais significativos a serem estudados e levados em conta como “o consumo de alimentos crus ou mal cozidos, que é a forma mais comum de se contrair a doença”.

    Ainda de acordo Gustavo Melo, a UESPI realiza um trabalho importante de conscientização, pois virar as costas para o problema e deixar que os gatos fossem levados para morte induzida não melhoraria a situação. “Necessitamos de políticas educacionais relacionadas à importância da guarda responsável e de políticas públicas que priorizem o controle de natalidade, bem como medidas que incentivem a adoção dos mesmos”, finaliza.

    Fonte: Universidade Estadual do Piauí

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