Abrigo de gatos livre de gaiolas promove a visitação em prol dos animais e dos humanos

(da Redação)

Foto: Pet Pal Animal Shelter

Na Flórida (EUA), existe um lugar mágico para amigáveis gatos de abrigo.

Para ingressar no local, não é cobrada taxa de entrada, e também não há lista de espera. Todos os visitantes são bem-vindos e podem permanecer por horas.

Algumas pessoas usam o local para meditar e assim clarear as suas mentes. Outras, por sua vez, vão para se divertir e doar afeto aos animais.

“Gatos são conhecidos por reduzirem o estresse e a ansiedade em humanos”, disse Mary Alexander, cujo abrigo, o Pet Pal, oferece a companhia desses maravilhosos animais. “Para pessoas que não podem ter gatos em suas casas, esse é um ótimo espaço para que venham passar um tempo com os animais sem restrições”.

Visitantes relaxam no abrigo livre de gaiolas, que é ao mesmo tempo local de utilidade pública para os gatos à espera de um lar. Foto: Ari Greenwood

E a melhor parte é que o local é excelente para os gatos, que não estão lá para serem manuseados afetuosamente por humanos – é também uma maneira de se tentar ajudar esses animais a conseguirem lares permanentes.

O gatil está localizado dentro de uma loja de produtos para animais, a Pet Food Warehouse, que por sua vez situa-se em um pequeno shopping center em St. Petersburg, a cerca de 20 minutos da cidade de Tampa.

Susie Kupfer, que é proprietária da loja com o seu marido Neil, disse ao Huffington Post que o casal sempre fizera parte das operações de resgate de animais da Pet Food Warehouse.

Há cinco anos atrás, quando a loja expandiu-se, os Kupfers decidiram expandir também a sua missão de resgate.

Eles incluíram um espaço dentro da loja onde os gatos poderiam ficar sempre livres de gaiolas – e as pessoas pudessem entrar e desfrutar da companhia deles. Assim surgiu a Pet Pal, que resgata e encontra lares para animais em risco de terem sua morte induzida em abrigos locais. A Pet Food Warehouse também auxilia doando comida, areia sanitária, “manutenção e amor”, diz Kupfer, além de colaborar com a papelada para as adoções.

A qualquer momento há cerca de meia dúzia de gatos dentro da “Casa de brinquedos de Pandora”, que foi criada em homenagem à gata Pandora dos Kupfers, que morreu há três décadas, e cujas fotos emolduradas enfeitam as paredes.

O quarto foi desenhado principalmente para ser confortável para os gatos: há grandes janelas para que eles possam espreitar a paisagem externa, torres acarpetadas nas paredes e montes e montes de brinquedos, além de comida e água fresca à vontade. O gatil é um lugar calmo – exceto por uma música leve que às vezes toca nos alto-falantes – e tem malhas de crochê nas áreas de estar.

Alguns gatos estão brincando; outros estão se aconchegando a visitantes entusiasmados; outros estão preguiçosamente olhando, através da janela, o estacionamento do shopping.

Segundo a reportagem, o local é realmente muito agradável para todos, sejam eles gatos ou pessoas que os amam.

“Uma vez que não há gaiolas, os animais ficam livres para interagir e socializar com outros gatos e se aquecer junto às pessoas – que nós chamamos de ‘entrevistados’, conta Kupfer. “Como diz o ditado, se os gatos estiverem felizes, as pessoas estarão felizes”.

No ano passado, 61 gatos foram adotados da “Casa de Pandora”, e as suas fotos também estão exibidas do lado de fora do quarto, em um quadro pertinentemente marcado como “Happy Cats!” (“Gatos Felizes!”).

A adoção de alguns acontece rapidamente, até mesmo dentro de horas. Outras podem demorar mais de um ano. “Cada coisa acontece em seu tempo”, diz Kupfer.

Alexander afirma que, apesar da adoção ser o objetivo primário do abrigo, pessoas que somente querem a companhia deles mas não está em condições de adotá-los no momento também são sempre incentivadas a frequentar o local o quanto desejarem.

Passar o tempo com pessoas ajuda os gatos a desenvolverem uma boa socialização – o que colabora para tirá-los desse local para outro ainda melhor: um lar amoroso e definitivo.

“Quanto mais confortáveis os gatos se sentem perto de humanos, maiores as chances deles serem adotados”, explica Alexander. “E nós adoramos ouvir que as pessoas estão passando o seu tempo com os animais”.

Foto: Arin Greenwood