Acaba sequestro em Gramado
Terminou bem e com participação importante do Ministério Público o desfecho do sequestro de mãe e filha em Gramado. Os dois homens implicados no crime foram presos nesta quinta-feira. Um no início da tarde e outro agora à noite, na cidade serrana. Para desvendar o episódio foi fundamental o pedido de interceptação telefônica feito pelo promotor de Justiça Evandro Lobato Kaltbach à Justiça local. A Polícia pôde assim monitorar a região em que os sequestradores se encontravam através dos celulares das vítimas, que estavam sendo frequentemente usados. Selmar Comiotto, mandante do crime, e Edmar da Silva, foram autuados em flagrante por extorsão mediante sequestro na Delegacia de Gramado. Nesta sexta-feira devem ser recolhidos ao Presídio de Canela.
O promotor Evandro Lobato Kaltbach, de São Francisco de Paula, mas que está substituindo em Gramado, disse que os seqüestradores, que conheciam as vítimas, foram presos quase no limite da cidade de Três Coroas. Edmar foi detido dentro de um carro que estava próximo do cativeiro das vítimas. Selmar Comiotto conseguiu fugir, mas foi preso em um matagal, após ligar para sua esposa ir buscá-lo num lugarejo conhecido como Moreira.
De acordo com o membro do Ministério Público, a intenção da dupla, que invadiu a residência de Léo Einzweile na quarta-feira à noite, era roubar o dinheiro guardado no cofre. Mas como o empresário não estava em casa, ambos resolveram levar a mulher e a filha dele para depois extorquir dinheiro. Os sequestradores pediam um resgate de R$ 500 mil. Tudo foi monitorado pela Polícia Civil que mobilizou até o DEIC após o registro da ocorrência. A Brigada Militar também participou da ação, prendendo o primeiro seqüestrador.
Pelo que foi apurado até agora, Selmar Comiotto não tem antecedentes e teria cometido o crime num ato de desespero. Segundo o promotor Evandro Lobato Kaltbach, o seqüestrador tinha um restaurante em Canela, mas o investimento faliu. O prédio teria ido para leilão judicial, sendo depois arrematado por Léo Einzweile pelo valor de R$ 120 mil. Só que a entrada do negócio foi de R$ 20 mil e o restante do valor acabou sendo parcelado. O Promotor disse que Comiotto, casado e pai de dois filhos, frisou estar em dificuldades e que não tinha dinheiro nem para pagar a merenda escolar dos filhos.
Agência de Notícias
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