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3 de Maio de 2024
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    Aceitando e compreendendo o fim dos “ciclos”

    O encerramento do relacionamento amoroso

    Publicado por Déborah Alcure
    há 4 anos

    A existência do ser humano é, inevitavelmente, permeada de ciclos. Então pergunto a você, afinal o que é um ciclo?

    Dentre algumas definições, é possível compreender o ciclo como sendo um conjunto de fatos que se sucedem no tempo, evoluindo e se transformando e que, ao atingir o estágio final, apresentam uma diferença sensível. Isto é, o ciclo possui início, meio, que seria representado por essas transformações ao longo do tempo e fim, necessário e inevitável.

    Acontece que o indivíduo tende a resistir muito a este “fim”, que acaba sendo visto como um grande vilão. Contudo, na verdade, ele representa a possibilidade do recomeço, de construir uma nova história, o início de um novo caminho com muitas possibilidades. Mas, afinal, por que as pessoas tendem a ignorar a parte boa do fim e o enxergam como algo extremamente ruim?

    A resposta pra isso é simples! Nós, seres humanos, tendemos a ignorar novas possibilidades porque temos medo, porque estar na zona de conforto é confiável, por ser uma área que já conhecemos, mesmo que seja ruim. Afinal de contas, se jogar no desconhecido não é tarefa fácil e exige muito.

    Sendo assim, mesmo compreendendo a dificuldade de colocar “um ponto final” e aceitar o fim de um ciclo, o rompimento e a desconstrução de algo que demorou anos pra ser formado, como o fim de um relacionamento conjugal, é ainda mais doloroso, sobretudo tendo em vista a infinidade de variáveis em torno dessa relação.

    Nesse contexto é imprescindível cuidar das questões emocionais que abarcam as partes desta relação, para evitar que interfiram e agravem, ainda mais, outras pendencias que envolvem o fim do casamento. O rompimento da sociedade conjugal, através do divórcio, além de doloroso, pode se tornar extremamente moroso, angustiante e cansativo quando as partes, despejam no procedimento suas frustrações com o fim do ciclo e não adotam uma postura colaborativa.

    Não são raras as vezes que é possível identificar em ações de divórcio que as partes conhecem o limite de seus direitos, as questões legais estão claras, mas ainda assim “criam” situações, impugnações e afins, com a finalidade de dificultar a conclusão do processo, seja pelo fato de querer retardar o fim por não conseguir se ver naquela situação, seja pela intenção de prejudicar diretamente a outra parte.

    É importante enxergar que o encerramento do ciclo é o próprio fim do relacionamento e não o procedimento legal responsável por aperfeiçoar essa decisão de rompimento (divórcio). Tratando desta forma, além dos benefícios à saúde mental das partes envolvidas, inclusive com a redução do desgaste emocional, também é possível identificar vantagens ao próprio processo, uma vez que o litigio será reduzido, consequentemente haverá mais cooperação e menos morosidade.

    Por fim, é sabido que seguir neste caminho sozinho é muito difícil, portanto, além do advogado, sempre que possível, busque apoio psicológico e tenha sempre por perto àquelas pessoas dispostas a contribuir positivamente com “os ciclos da sua vida”.

    Por Diana Lima (Psicóloga) e Déborah Alcure (Advogada).

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