Acusados de participação em homicídio são absolvidos

Os jurados do 4º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Cláudio Henrique Rendeiro, acompanhando a acusação e defesa, representadas respectivamente pelo promotor de justiça Jose Edvaldo Pereira Sales e pelo defensor público Alessandro Oliveira, votaram, na terça-feira, 6, pela absolvição de Arlindo Moreira da Gama, 27 anos, conhecido como Juninho, e Arleyson dos Santos Lira, conhecido como Terrorzinho, 28 anos, estudante universitário.

Os réus foram denunciados por crime de homicídio praticado contra Wallace Cleidson Barros dos Santos, estudante de 17 anos, e tentativa de homicídio praticado contra Luiz Paulo de Freitas, 18 anos, que foi atingido na coxa esquerda.

Compareceram para depor a mãe da vítima e dois policiais. A primeira depoente não viu o crime e prestou informações sobre o que ficou sabendo por Luiz Paulo, que não compareceu para depor.

Em interrogatório os denunciados negaram a autoria dos disparos, e disseram que ambos estavam naquele local participando de uma festa dançante de aparelhagem. O proprietário da motocicleta alegou que foi tomado como refém por um jovem que estava armado e que estava participando do tiroteio.

Compareceram ao júri dois policias que estavam numa viatura fazendo ronda. Eles informaram que foram acionados por populares para atender uma ocorrência de tiroteio na Rua do Cruzeiro, em Icoaraci, Belém, envolvendo torcidas distintas.

Os policias relataram que ao chegarem encontraram a vítima fatal caída no chão e motocicletas que deixavam o local. Uma delas estava com um carona em atitude suspeita e portando arma. "Era um revólver automático de aço inox que brilhava na luz”. Os policiais resolveram sair em sua perseguição. O carona olhou para trás e passou a efetuar disparos contra a viatura.

Na troca de tiros o condutor perdeu a direção e tombou com a motocicleta. O carona fugiu a pé, entrando num beco escuro, impossibilitando que a perseguição policial continuasse.

A polícia prendeu o condutor da motocicleta Arleyson dos Santos, que alegou que o jovem armado da garupa de sua motocicleta tinha lhe tomado de refém e o obrigou a lhe dar fuga.