ALE homenageia Força Aérea

Atuando em defesa da soberania nacional, guarnecendo e preservando o espaço aéreo, a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Dia do Aviador (23 de outubro) foram homenageados hoje (20) em sessão especial da Assembléia Legislativa. Além de sua missão de ação cívico-social, a FAB sempre realizou na Amazônia outras missões como a busca e salvamento, transporte de vacinas, de urnas eleitorais e ostenta como símbolo de desbravador da Amazônia Brasileira, com o Correio Aéreo Nacional.

Autor da proposta da homenagem, mas ausente de Manaus por motivos de saúde de um familiar, o deputado Carlos Alberto (PMN) foi substituído pelo deputado Vicente Lopes (PMDB) na saudação aos homenageados. Vicente salientou que o trabalho da FAB, na região, não tem limites, ultrapassa fronteiras e vence as dificuldades de acesso, utilizando suas aeronaves e seus militares em benefício da população de um Estado como o Amazonas, de tamanho continental.

Segundo o comandante do 7º Comando Aéreo Regional (7º Comar), major-brigadeiro-do-ar, Jorge Cruz de Souza e Melo, o efetivo hoje do Ministério da Aeronáutica é de 73 mil militares e civis. Desse total, aproximadamente 5.500 compõem os efetivos de organizações militares, bases aéreas, unidades e destacamentos nos quatro Estados da Amazônia Ocidental - Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima -- cumprindo as mais variadas missões, vendendo obstáculos e superando desafios que são impostos pela conjuntura.

Impactados por uma sistemática de logística de suprimentos e manutenção de aeronaves, na opinião do major-brigadeiro, esse sistema deixa muito a desejar, conseqüência de constantes contingenciamentos e de orçamentos anualizados que não permitem planejamentos de médio prazo, contabilizando menos de 50% da frota de aeronaves da FAB em condições operacionais. “Uma situação que se torna perversa por duas vias. Ao incidir sobre a missão precípua da Força Aérea e também ao atuar desfavoravelmente na relação custo-benefício da atividade, mantendo elevado passivo imobilizado, no aguardo de recursos para retornar as aeronaves ao vôo”, disse.

Não obstante, acredita o comandante que as ações em fase de implementação em todas as áreas, decorrentes da Estratégia Nacional de Defesa (END) e de outras já em andamento, mostram-se bastantes promissoras quanto à modernização de equipamentos e a racionalização de meios que, no seu entender são o único caminho para uma Força Aérea pronta para o cumprimento de sua missão.

O Controlador Geral do Amazonas, Leopoldo Péres Sobrinho, que na ocasião representou o governador Eduardo Braga, lembrou o que lhe dizia o ex-governador Álvaro Maia, numa época em que não se sabia, no Alto Rio Negro, o nome do governador do Estado. No entanto, a população daquela região já sabia os nomes do capitão Melo e do coronel Eduardo, que pilotavam os famosos aviões Catalina. “A Força Aérea já naquela época não era somente um fator de unidade nacional, mas a presença da brasilidade neste rincão belo e esquecido”, afirmou.

Histórico invejável

Para o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Belarmino Lins (PMDB), que presidiu a solenidade, a Força Aérea Brasileira é possuidora de um invejável histórico contendo um rol de benfeitorias que além da defesa nacional, presta tributos correlatos à vida no solo brasileiro. Segundo Belão, basta compulsar os incontáveis feitos vinculados ao socorro em casos de urgência e assistência social para se ter uma idéia da vastidão desta obra, que se espraia por todo o território amazonense.

Na sua análise, a tradição pacífica do povo brasileiro tem garantido a paz com os povos vizinhos. Porém, este traço não pode servir de mote para a perda da essencialidade da defesa nacional. “A Amazônia brasileira representa algo muito significativo e valioso para o mundo e desprezar a hipótese de ameaça a nossa soberania em relação a este precioso espaço brasileiro, seria um ato de enorme irresponsabilidade e a FAB sempre em alerta, nos deixa tranqüilos e felizes”, disse o presidente da Aleam.