ALERJ DISCUTE PROCESSO DE DESBUROCRATIZAÇÃO NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS

Audiência pública da Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) promoveu debate nesta quinta-feira (02/05) sobre desburocratização e eficiência no ambiente de negócios do estado - encontro realizado no auditório da Escola do Legislativo do Rio de Janeiro (Elerj). Foi consenso durante a discussão que esse processo é fundamental tanto para o desenvolvimento do estado quanto para o empreendedor fluminense - que assim pode colocar toda a sua energia no crescimento do seu negócio e não em cumprir procedimentos burocráticos -, promovendo a geração de novos empregos e fazendo com que a economia do estado gire.

O objetivo da audiência pública foi estabelecer um entendimento, de forma franca, a respeito do que é realmente necessário para o desenvolvimento das empresas no Rio de Janeiro. “Ouvimos diversos empreendedores e eles revelaram dificuldades em manter-se no mercado. Às vezes, a burocracia em excesso só vem para atrapalhar e, na nossa atual situação econômica, não dá para gerar um impeditivo para um negócio não existir”, pontuou o presidente da comissão, deputado Renan Ferreirinha (PSB).

O próximo passo da comissão será fomentar novas discussões a respeito deste processo de desburocratização e debater sobre a elaboração de um plano estadual. “Estamos encaminhando oficialmente a criação de uma Frente Parlamentar para que, juntamente às demais entidades técnicas e a Comissão de Economia, possamos elaborar um plano estadual de desburocratização”, concluiu Ferreirinha.

Cultura empreendedora

No entender dos participantes da audiência pública, uma cultura empreendedora é construída com o tempo; o processo é lento e gradual, mas é preciso começar de algum ponto. A desburocratização do ambiente de negócios surge como aspecto fundamental nesse sentido e, segundo eles, assim que o pensamento empreendedor começa a se fixar o mercado tende a enxergar mais facilmente as oportunidades que surgem.

O presidente da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerj), Vitor Hugo Gonçalves, apontou que, apesar da existência de inúmeros aspectos a respeito da desburocratização que devem ser discutidos, o município do Rio de Janeiro, por exemplo, está em boa colocação nos índices de infraestrutura, mercado e acesso a capital, além de liderar no quesito inovação. “O fomento da cultura empreendedora dá à cidade do Rio de Janeiro o 6º lugar no ranking de empreendedorismo no Brasil”, contou.

A Junta Comercial, por ser um integrador de licenciamento, tem a função de ajudar, juntamente com os demais órgãos, a vida dos empresários, alavancando a economia do Estado. “Desburocratizar é, também, melhorar o ambiente de negócios. Só nos primeiros três meses do ano, nós tivemos um aumento da abertura de novas empresas em mais de 20%”, relatou o presidente da Jucerj.

Também estiveram presentes os deputados Chicão Bulhões (Novo) e Waldeck Carneiro (PT), a analista de políticas públicas do SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Juliana Lohmann; o representante da Federação de Empresas Juniores do Estado do Rio de Janeiro (RioJúnior), Felipe Rochefeler; e o fundador da startup Minha Coleta, Eduardo Nascimento.