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3 de Maio de 2024

Alerta! O “Desafio do desodorante” mostra descontrole virtual, afirma advogado

Para Luiz Augusto Filizzola D’Urso, é importante que os pais acompanhem o que seus filhos acessam na internet.

há 6 anos

Uma menina de 7 anos morreu, no último dia 3, em São Bernardo do Campo/SP, após reproduzir um desafio que a levou a inalar desodorante aerosol. O caso aconteceu depois que a jovem assistiu a um vídeo na internet que mostrava um indivíduo realizando o chamado “desafio do desodorante”, o qual estimula a pessoa a inalar desodorante aerossol pelo máximo de tempo que conseguir.


Segundo a polícia, a mãe da menina estava trabalhando quando o acidente aconteceu. Ao voltar para casa encontrou a filha desfalecida e, embora socorrida, não resistiu. De acordo com nota da Secretaria de Saúde do município, a causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória.

Esta morte é resultado de mais um acidente causado por influência de vídeos postados na internet contendo desafios perigosos, conforme explica o presidente da Comissão Nacional de Estudos dos Cibercrimes da ABRACRIM, o advogado Luiz Augusto Filizzola D’Urso.

“Esta tragédia reprisa tantas outras, resultantes da inocência de quem assiste a esses perigosos desafios na internet, e os imitam, sem ter ideia do perigo que estão correndo. O problema é que esses desafios estão se tornando cada vez mais populares, porque são reproduzidos em canais no Youtube, com milhões de visualizações.

Quanto à responsabilização de alguém pela morte ocorrida, o especialista em cibercrimes esclarece: “Caso seja comprovado que um vídeo induziu ou instigou alguém a cometer suicídio poderá o responsável por este vídeo e postagem, responder pelo crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, que prevê pena de até seis anos. Todavia, se a vítima for menor de 12 anos, entende-se que, pela sua falta de consciência e sua vulnerabilidade, pode-se ter configurado até um crime de homicídio”.

O advogado finaliza: “fica, portanto, o alerta aos pais, que devem acompanhar o que seus filhos estão acessando na internet, inclusive, podendo se utilizar do modo restrito no Youtube, que selecionará um conteúdo perigoso, ocultando-o, para que o menor não tenha acesso. Desse modo, talvez haverá uma diminuição neste verdadeiro descontrole virtual”.

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Fonte: Migalhas

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/alerta-o-desafio-do-desodorante-mostra-descontrole-virtual-afirma-advogado/544080319

9 Comentários

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A irresponsabilidade, para não falar em maldade de quem posta um vídeo com este teor, não pode ser punida com apenas 6 anos de detenção.
Na verdade, o alcance de um vídeo como este é sempre uma incógnita. Pode não afetar ninguém, como pode afetar milhares de pessoas no mesmo momento.
Se falamos em responsabilizar um site de classificados pela autenticidade dos anúncios, o que se falar da responsabilidade do portal que deixa veicular uma proposta de suicídio, valendo-se da inexperiência de jovens? continuar lendo

E a responsabilidade dos pais para evitar acidentes? Os filhos ficam o dia inteiro vendo Felipe neto na internet, sendo idiotizados. O dever de vigilância tem que ser o tempo todo e para qualquer bobagem. continuar lendo

O autor do vídeo com certeza não possui responsabilidade nenhuma pelo que postou na internet, devendo ser censurado. Mas pelo outro lado, deixar uma criança de 7 anos sozinha em casa com acesso livre e ilimitado a qualquer conteúdo da internet também não é algo normal. Conteúdos ruins sempre existiram em revistas, livros, TV e agora mais ainda na internet, cabe aos pais controlarem o que os filhos estão consumindo. continuar lendo

Entretanto, vivemos um período histórico muito delicado. Antes de ir direto culpando os pais por toda desgraça que recaia sobre seus filhos por obra e graça dos conteúdos midiáticos aos quais as crianças têm acesso hoje em dia, temos que ter cautela e humanidade no trato com esses pais. Nunca, em nenhum outro período da História da Humanidade, houve um avanço tão rápido da tecnologia, abrindo um abismo tão gigantesco entre duas e três gerações, como hoje em dia. É como se nós, da nossa geração X (nascidos nas décadas de 60 e 70), tivéssemos sido criados por nossos tataravós, nascidos no século XIX no início da revolução industrial. Porém, hoje, esse abismo de 100 anos ocorre de uma geração a outra, sem maiores cerimônias. Mães da geração X não estão sabendo o que fazer com seus filhos da geração Y e Z. E isso é fato. Especialmente com os tratamentos de fertilidade, muitos casais X são pais de pequenos Z. Gente, isso é grave. Eu tenho amigas da minha geração X que não conseguem acionar os tico e teco se eu mandar dois áudios sucessivos no Whatsapp. Eu tenho que mandar um texto dizendo: "ouça o primeiro audio fulana, que você vai entender"! Impressionante? Mas verdade. Tenho amigas da minha geração X que não sabem usar um computador e muito menos a Internet. Eu tive a sorte de ser servidora pública aos 20 anos de idade, quando toda a tecnologia dos computadores foi implementada no início da década de 90 no órgão onde eu servia. E assim, familiarizei-me rápido. Outras amigas minhas, formadas em outras áreas, e que não trabalharam durante a faculdade, iniciaram suas carreiras em fins dos anos 90 em seus consultórios médicos e dentários, sem nenhuma necessidade de computadores. Meu primeiro escritório de advocacia já era informatizado e conectado à Internet, já que graças ao serviço público eu já estava familiarizada. Mas quando comecei, ainda tinha muito advogado, inclusive jovens, usando máquina de escrever. E apanharam muito e continuaram apanhando desde quando a conectividade se tornou imperativa em todas as áreas já em fins dos anos 10 deste século. Minha ginecologista até hoje não sabe usar um computador. Mas o cardiologista, por mais velho que seja, tem que saber fazer uma microcirurgia para implantar um "stent", senão estará fora do mercado. Até hoje ainda existem profissionais atuando em relevantes áreas que não se informatizaram. E essas pessoas são pais e mães de crianças da geração Z. É muito difícil para esses pais manterem a vigilância necessária da atuação dos filhos em um ambiente totalmente desconhecido para eles. De minha parte, como amiga, eu alerto os meus amigos para abrirem os olhos. Indico técnicos de informática para ajudá-los a controlar o acesso das crianças etc. Mas esse processo é longo. Somente a partir do momento em que a geração Z estiver no comando do mundo, eles alcançarão uma proximidade maior com as gerações futuras. Nos dias que correm, o choque entre gerações é muito forte, como jamais tinha sido antes, em outros tempos. Então eu sugiro muita cautela antes de culpar os pais. continuar lendo

Infelizmente nesse caso, o culpado são os pais. Crianças tem que ser monitorada constantemente na internet, pode sim ter influências, porém não é o papel do youtube. continuar lendo

Assim como devemos retirar da mídia os travestis e movimentos LGBTXYZ, pois também influenciam de maneira errada nossas crianças, já que desodorante não serve para ser inalado, e os órgãos reprodutores são homem e mulher, sistema excretor não é sistema reprodutor. Péssima influência também para as crianças. continuar lendo

David Fontana, seu comentário não faz sentido.
Casais heterossexuais utilizam-se da prática de sexo anal, por exemplo, ou até mesmo oral.
Crianças que se identificam como LGBT são bombardeadas por propagandas heteronormativas desde pequenas e continuam nessa orientação sexual (propagandas de cervejas com mulheres seminuas, por exemplo. continuar lendo