Ana aponta soluções para superlotação de maternidade
Providências emergenciais devem ser tomadas para resolver os problemas estruturais e de superlotação da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. A deputada Ana Lúcia (PT) declarou durante a sessão plenária desta quarta-feira, 31 de agosto, que o governador Marcelo Déda (PT) pode e deve intervir com agilidade para solucionar a falta de material hospitalar e a demanda por pediatras nos estabelecimentos públicos de saúde.
Ana Lúcia recordou que os altos índices de mortalidade de fetos, bebês e parturientes costumavam acontecer com bem mais incidência no passado. Eu já fiz muita denúncia do alto índice de mortalidade infantil, na época era na Maternidade Hildete Falcão. Foi aí que o governador emergencialmente fez um convênio para construir a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que deveria atender somente casos de gravidez de alto risco, recordou Ana. A deputada explicou que o fechamento de outras maternidades no estado de Sergipe, como aconteceu nos municípios de Lagarto, Nossa Senhora do Socorro e Própriá, acarretou perda de mais de 60 leitos e resultou na superlotação da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.
A deputada sugeriu que a falta de pediatras pode ser resolvida com o pagamento de horas-extras aos profissionais contratados em regime estatutário. O médico estatutário normalmente não pode ter hora-extra, mas se o governador autorizar, isso é possível. Precisamos conversar com o secretário de Saúde, pois ele precisa fazer esta mediação de duas questões fundamentais. Uma dela é ver o que podemos fazer em termos de recursos humanos. Outro agravante é a falta de material minimamente necessário para o atendimento, e esta é uma maternidade que atende os casos de gravidez de alto risco. É preciso resolver este problema administrativo, de logística. É só decretar estado de emergência e comprar o material necessário. E todos os dias você tem que ter uma rotina para ver tudo que há na Maternidade porque ali é um estabelecimento que salva vidas, apresentou.
Quanto ao índice de mortalidade de fetos e parturientes, Ana Lúcia considerou que não há motivo para tanto alarde porque a mortalidade de bebês já foi bem maior. O índice de mortalidade não é alto. Muito pelo contrário, ele já foi bem mais elevado. E isso é reflexo da competência dos profissionais. Então também ficou uma grande lição para a gente. Os profissionais querem realizar seu trabalho de salvar vidas. Mas para isso a saúde precisa ser uma prioridade absoluta, o que depende de uma logística que dê segurança ao desempenho de suas funções. Então para que estes profissionais trabalhem com tranquilidade precisamos fortalecer a luta pelo Plano de Carreira dos trabalhadores da saúde. Nós temos que motivar o funcionário público, avaliou Ana Lúcia.
A deputada defendeu que a Assemblei Legislativa marque posição sobre o assunto,,e aproveitou a ocasião para lembrar o compromisso firmado pelo governador Marcelo Déda com a Saúde. Tenho certeza que o secretário de Saúde vai nos receber. E esta Casa precisa tomar uma posição porque educação e saúde são questões fundamentais para a população. E aquilo que não está correto, o nosso Governo não tem problema nenhum de consertar. Inclusive o governador Marcelo Déda deixou claro que saúde é uma prioridade dele", reiterou.
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