Ana Lúcia participa no Seminário Nacional de Direitos Humanos e Juventude
Na noite da última terça-feira, 17, aconteceu a abertura do Seminário Nacional de Direitos Humanos e Juventude no Teatro Atheneu. A atividade foi promovida pelo Instituto Braços e pelo MNDH.
Compuseram a mesa de abertura a deputada estadual Ana Lúcia (PT), a professora Angela Melo representando a CUT, drª Lilian Carvalho representando a Promotoria de Justiça, drª Maria Conceição Figueiredo representando a promotoria de Justiça, a Lidia Anjos representando o MNDH, o advogado Thiago Oliveira presidente do Istituto Braços, Alana Santos representante do CONANDA, além de representantes do Conselho Regional de Serviço Social, da Defensoria Pública, do Levante Popular e a representante do Secretaria de Direitos Humanos.
A luta pelo direito a alimentação, a habitação, ao transporte, a cultura é necessária. E nessa sociedade tão desigual é um desafio enorme ser lutador dos direitos humanos no nosso país, e para o jovem é mais difícil, pois sofre o preconceito pela idade, e se somar com a classe social e etnia, esse preconceito se torna ainda maior, por isso é fundamental a participação dos jovens nesse evento. A juventude deve ser protagonista, e por isso, como diz Alana deve falar e ser ouvidos pelos adultos, portanto bons encaminhamentos e uma boa luta para vocês, afirmou Ana Lúcia ao saudar os presentes.
O presidente do Instituto Braços e advogado, Thiago Oliveira, colocou que os direitos humanos são indivisíveis, logo a luta pelos direitos humanos é a luta pela juventude negra e pobre que está sendo exterminada, pelas comunidades indígenas, pelas mulheres, pelos idosos, pela comunidade LGBTTT e por outros grupos que lutam por seus direitos. É só na luta que conseguimos colocar os direitos em prática, ressaltou.
Foi um momento de grande emoção a entrega dos quadros do artista plástico João Vandenio, que fazem alusão aos deuses da justiça, as pessoas homenageadas que lutam pela conquista plena dos direitos humanos.
Entre os homenageados e homenageadas o prêmio surpresa foi para a assistente social e militante de longa data das causas da infância e adolescência, Maria José Batista, ou Zezé como todos a conhecem, abriu a sessão de entregas do premio Direitos Humanos de Sergipe.
Também foram entregues os quadros a professora Angela Melo, pela história do SINTESE, que tem enfrentado há anos o descaso com a educação pública e vem lutando para que realmente a sociedade tenha uma educação de qualidade.
Em nome dos professores do SINTESE, em nome dos nossos filiados agradecemos a esse premio que é de todas que lutam por uma sociedade mais justa e por uma educação de qualidade, declarou.
Recebeu o premio também a Irmã Diva, o padre Isaias, Ivania do CTB, Marcelo da Adonhs e a representante do MST.
Ao final da entrega houve a palestra proferida pelo professor drº Roberto da Silva (USP) da área de educação, que explanou sobre o ECA. Segundo ele o Estatuto da Criança e do Adolescente não foi suficiente para garantir a proteção de crianças e adolescentes pobres.
O professor avaliou que a realidade de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, o que tem prevalecido é o caráter punitivo, não houve garantia da socioeducação. Afirmou ainda que a geração que hoje está nas ruas e nas prisões é a geração do ECA, que para ele é resultado do processo de exclusão que a juventude pobre e em sua maioria negra passa.
Para Roberto, o diferencial nesse processo de socioeducação aconteceria quando jovens que passaram por essas situações de vulnerabilidade tivessem a oportunidade de se tornarem profissionais na área de educação social, pois saberiam lidar melhor com tais questões. É preciso emponderar essa juventude, eles precisam ser os próprios operadores do atendimento, destacou o educador.
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