Ângelus quer discutir fumo e crime organizado
A aprovação da lei antifumo pela Assembleia Legislativa de São Paulo na noite do último dia 7 (terça-feira) foi destaque do pronunciamento do deputado Ângelus Figueira (PV), na tribuna.
Segundo Figueira, mais de 80% dos deputados paulista votaram a favor da lei, que passa a proibir o fumo em todos os ambientes fechados, como bares, restaurantes e ambientes públicos.
De acordo com o deputado, a discussão sobre o fumo no parlamento estadual amazonense não deve ser tema de blocos oposicionistas ou situacionistas.
"Deve ser de todos", argumentou ele, lembrando que dados divulgados pelo Estado de São Paulo dão conta de que o Estado gasta R$ 400 mil mensalmente com tratamento de câncer na garganta.
"E só com este problema, oriundo do tabagismo", afirmou ele, garantindo que na próxima semana volta ao assunto, que ele considera "seríssimo".
O projeto de lei 577/2008, aprovado pela Assembléia Legislativa de São Paulo, "proíbe o consumo de quaisquer produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em recintos de uso coletivo e cria ambientes livres de tabaco".
Foram contrários os 17 deputados da bancada do PT e também o deputado Major Olímpio (PV). Sessenta e nove deputados foram favoráveis. O projeto de lei será enviado ao governador José Serra, que deve sancionar e regulamentar a lei.
Crime organizado
O crime organizado também é motivo de preocupação de Ângelus Figueira, que hoje, disse retornar com o assunto na próxima semana para uma discussão mais ampla em plenário.
O deputado demonstrou preocupação com a morte, no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, no Estado do Acre, do ex-professor Martini Martiniano, 51.
De acordo com o parlamentar ainda não se sabe se Martiniano, principal acusado pela morte do médico e agiota Abib Cury, ocorrida há 12 anos, e que fez diversas acusações envolvendo promotor, juiz e até desembargador, foi assassinado ou suicidou-se.
"Essa questão está se tornando extremamente preocupante. Precisamos discutir a questão com sobriedade. Não podemos passar a margem deste mar de sangue que toma conta dessa questão", disse ele.
O deputado Luiz Castro (PPS) lembrou que o senhor Martiniano fez gravíssimas acusações, até mais graves do que "Moa" fez em relação ao deputado Wallace Souza (PP).
De acordo com o parlamentar, o próprio secretário de Segurança Pública, Sá Cavalcante já disse que o crime, só é organizado, quando a atividade criminosa envolve os poderes. "E agora, com as declarações do senhor Martiniano, existem indícios de que há ramificações do crime organizado no Executivo, no Judiário e no Ministério Público", afirmou Castro.
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