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17 de Junho de 2024
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    Animais marinhos param nas praias do Sul de Santa Catarina no inverno

    (Foto: Bruno Cardoso)

    Com a chegada do inverno, o aparecimento de animais marinhos na região Sul de Santa Catarina torna-se frequente. As praias recebem animais de espécies pouco familiares e viram atração de turistas e moradores.

    Baleias, botos, leões marinhos, pingüins e até elefantes marinhos são exemplos de espécies que se deslocam para o sul com a chegada do frio.

    “Geralmente eles aparecem agora porque estão em rota migratória. Então, por serem animais que andam assim, em bando, como é o caso dos pingüins que vemos muito agora, eles fazem essa rota e acabam passando pela região sul nesta época em busca de alimentos”, destaca o tenente Schineider, da Polícia Ambiental de Maracajá.

    A permanência desses animais na região sul de Santa Catarina varia de acordo com cada espécie e as necessidades de cada uma. Segundo o tenente, as visitas se iniciam no mês de maio e perdurem por dois meses. “Depende do clima, da corrente marítima, mas em geral é neste período”, afirma.

    A adaptação nem sempre ocorre

    É comum estes animais chegarem cansados ao litoral catarinense em função da rota que percorreram. Essa é uma das causas de animais encontrados mortos na beira-mar.

    Outras causas podem afetar a sobrevivência deles no Sul. “A praia na verdade é o habitat natural deles, não nosso. Então, eles vêm para a areia da praia para descansar ou, em alguns casos, já vêm para morrer ali realmente por estarem cansados, debilitados, ou com alguma doença que os contaminou neste trajeto”, destaca Schneider.

    Nesses casos, é importante que a população esteja ciente e saiba distinguir quais os animais necessitam ser retirados do ambiente natural e quais não precisam. O animal só deve ser retirado da praia após avaliação de um profissional qualificado e se apresentar algum dano possivelmente causado por ação antrópica (pela ação do homem).

    “A polícia ambiental deve ser informada em casos de lesões externas, vestígios de óleo na plumagem, ferimentos graves ou em casos de ficarem presos em redes de pesca ou objetos perdidos pelo mar. Caso contrário, não se deve interferir no ciclo de vida do animal, jamais deve-se recolher um animal. São silvestres que estão na natureza. Muitas pessoas pegam e levam pra casa, o que em hipótese alguma deve acontecer”, ressalta o tenente.

    Segundo informações da polícia ambiental, são registrados vários casos de moradores que levam os animais pra casa. É considerado crime ambiental a posse, apanha, transporte, guarda de animal da fauna silvestre sem permissão, licença ou autorização da autoridade competente passível de multa e detenção, conforme Lei Federal 9.605/1998 e Decreto Federal 6.514/2008.

    O condutor e socorrista da corporação de Bombeiros Voluntários de Jaguaruna, Fábio Teixeira, alerta a população e dá as recomendações abaixo caso encontrar um animal destes vivo:

    Manter distância mínima de cinco metros e evitar aglomerações em volta do animal, pois isto causa grande estresse e impossibilita que o animal descanse;

    Nunca alimentá-los, pois caso o animal esteja desidratado poderá levá-lo a óbito;

    Jamais tentar recolocar um animal de volta ao mar, ele voltará sozinho assim que se sentir bem;

    Nunca tentar retirá-los da praia ou transportá-los sem avaliação de profissionais qualificados (biólogos e veterinários) em fauna marinha;

    Jamais levá-los para sua residência, pois, além de ser considerado crime ambiental, prejudica o retorno do animal ao seu habitat;

    Respeitar a rotina de vida das espécies que utilizam a praia para descanso;

    Não coloque o animal em local frio (no gelo, geladeira, freezer, etc.) sua temperatura corporal é perto dos 39 graus, eles suportam o frio graças à camada de gordura e à impermeabilização das suas penas, mas em situação de fragilidade precisam estar num ambiente aquecido;

    Avisar as autoridades competentes (Polícia Ambiental) e, sempre que possível, realizar registro fotográfico para facilitar a avaliação dos biólogos e veterinários quanto a real necessidade de resgate.

    Fonte: Portal Satc

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