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17 de Junho de 2024
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    Antonio Carlos repudia questionamento sobre sexualidade de Dilma Rousseff

    O líder do Governo na Casa, deputado Antonio Carlos (PT), repudiou nesta sexta-feira (25/11) em plenário, o discurso do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Ao discordar sobre a campanha elaborada pelo governo para combater o preconceito contra homossexuais nas escolas, Bolsonaro, segundo Antonio Carlos, “se colocou de forma preconceituosa", exigindo que a presidente [Dilma Rousseff] admita sua homossexualidade.

    “O deputado foi infeliz com essa declaração. Não é a primeira vez que esse senhor vem com essa atitude, e logo na véspera do dia 25 de novembro, dia de luta contra a violência à mulher. Não cabe a ninguém querer saber a orientação sexual da presidente. Além de ser preconceituoso com Dilma, também foi com os homossexuais”, assinalou, afirmando que o parlamento não poderia ficar silente.

    O petista também fez um histórico sobre a data que marca a luta contra a violência à mulher. A proposta de se comemorar o dia, segundo ele, surgiu no I Encontro Feminista Latino Americano e do Caribe, em 1981. “Essa data foi para homenagear as irmãs Mirabal, em 1969, que durante a ditadura Trujilo foram brutamente assassinadas”, relatou.

    Desde então, as mulheres de todo o mundo fazem da data um momento de combate também às desigualdades entre homens e mulheres, que “ainda é muito forte em nossa sociedade”. “A mais dura expressão disso é a violência que a mulher sofre simplesmente por ser mulher, e que é cometida por um homem”, acrescentou.

    Conforme Antonio Carlos, diariamente as mulheres vêm sendo ultrajadas. Não só fisicamente, mas também de forma simbólica ao ser alvo de termos depreciativos. Ele citou a composição de músicas e a exposição de seus corpos desmesuradamente. Ele defendeu a ampliação das delegacias das mulheres, pois “é fundamental para que essas vidas não sejam ceifadas”.

    Em aparte, as deputadas Eliane Novais (PSB) e Ana Paula Cruz (PRB) reforçaram as críticas com relação às declarações do deputado federal. “Deparamo-nos com uma sociedade machista. E aí vemos essa declaração infeliz de um deputado federal, que não respeita sequer a opção sexual. A gente fica escandalizada e indignada com essa declaração”, lastimou a parlamentar.

    Ana Paula Cruz se aliou aos votos de repúdio “a esse cidadão que envergonha a Câmara Federal”. Segundo ela, a região do Cariri é uma das regiões que mais tem violência contra a mulher, “o que aflora o preconceito”.

    Já a deputada Dra. Silvana (PMDB) disse lamentar o questionamento do deputado federal Jair Bolsonaro sobre a sexualidade da presidente, e que vai pedir o depoimento do parlamentar na íntegra, para verificar a veracidade dos fatos. “Se for verdade as declarações em relação à presidente Dilma, eu lamento”, afirmou.

    LS/AM

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