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4 de Maio de 2024
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    Apesar de preconceito, felinos ganham mais carinho

    Os gatos que para muitos são animais individualistas e pouco carinhosos, para outros são a melhor companhia. Eles vêm se tornando o bicho mais adotado pelas famílias. E não é de hoje que as pessoas têm um forte carinho por esse felino. O afeto vem de milhões de anos atrás.

    A primeira associação dos felinos com os humanos da qual se tem notícia ocorreu há cerca de 9.500 anos, no continente africano, se expandindo a partir da África subsaariana até alcançar as terras do atual Egito.

    O gato caseiro, gato urbano ou gato doméstico é muito popular como um dócil animal de estimação. Ocupando o topo da cadeia alimentar, é um predador natural de diversos animais, como roedores, pássaros, lagartixas e alguns insetos.

    Essa paixão antiga por gatos tem levado pessoas a gastar com utensílios e enfeites como se o animal fosse um bichinho de pelúcia. É o caso da professora Priscila Rosa dos Santos, de 28, que tem um casal de felinos e já comprou para a fêmea um vestido e várias coleiras. Ela não coloca laços porque a gata não deixa. Para o macho comprou uma gravata e coleiras com pingente e sininho.

    Discordando do que muitos dizem sobre o convívio com os gatos, Priscila sai em defesa. “Diferente do que muitos pensam, eu acho muito divertido conviver com eles, pois animam a casa, são muito brincalhões, carinhosos, amigos entre si e gostam sim dos tutores”, disse a professora.

    Priscila ainda afirmou que não fica caro manter os bichanos mensalmente. “Eles comem apenas ração e gasto no máximo R$ 50 por mês no total, pois eu mesma dou banho neles”, disse.

    Algumas pessoas não têm uma boa história pra contar do primeiro contato com os gatos, que acabam sofrendo arranhões e sustos. Foi o caso da assessora de imprensa Thaís Rocha Gomes, 22, mas ao invés de tomar receio do animal, quis entender o comportamento felino. “Minha paixão por gatos começou de uma forma engraçada. Quando criança fui mexer com um gato na rua e ele foi agressivo e arranhou o meu rosto. A partir desse dia, comecei a observá-los e minha admiração começou despertando minha atual paixão por eles”, contou.

    Atualmente, Thaís cuida só de uma gata, chamada Capitu, mas por ela, cuidaria de vários. “Mudei para um apartamento e não tem condições de mais gatos conviverem no mesmo espaço”. A Capitu tem um ano, mas antes da gatinha, a assessora foi tutora de Zeus, que ficou com ela por cinco anos. “Sou tão apaixonada por gatos que tatuei na minha perna uma imagem de gato”, falou mostrando a tatuagem.

    Thaís não costuma levar sua gata ao pet shop. Ela mesma que dá banho na felina. Ela também não compra utensílios de enfeites, pois prefere economizar com esses detalhes e investir na alimentação. “Uma vez comprei um coleira, mas logo tirei, pois fiquei com medo de, nas andanças da Capitu, ela se prender em algum lugar e sufocar-se”, afirmou. Mas em compensação compra muita besteirinha para a gata como sachês de atum, alguns “ossinhos” e a alimentação balanceada, que é a base de ração de qualidade.

    Veterinários

    Existem cerca de 250 raças de gatos que convivem com humanos. De acordo com o peso classifica-se a espécie como animal de pequeno a médio porte. Assim como os cachorros, os gatos vivem entre quinze e vinte anos. Os felinos têm uma personalidade independente, mas tornaram-se dependentes de humanos. Na cultura humana, figura da mitologia às superstições, passando por personagens de desenhos animados, tiras de jornais, filmes e contos de fadas. Entre suas mais conhecidas representações, estão os gatos Tom, Frajola, Gato Félix, O Gato de Botas, Garfield e a turma do Manda-Chuva.

    A veterinária Fernanda Marques Doles, 26, está na área há dois anos. Questionada sobre doenças que podem ser transmitidas pelo gato, a médica dos animais contou que ‘’a toxoplasmose é a única doença que se pode contrair do felino, através das fezes do animal. E o humano só se contamina caso ingira a bactéria causadora por alimento mau lavado, terra ou areia contaminada”. A veterinária, que sofre de renite alérgica, antes de cuidar de gatos tinha alergia aos felinos, mas com o contínuo contato seu organismo criou anticorpos.

    O ideal é fazer exames de rotina no gato a cada seis meses, como hemograma completo, função renal e hepática, dar vermífugo e não deixar de dar as vacinas. O gato, diferente dos cães, não precisa de banhos semanais, até mesmo porque eles se banham com a própria língua. O ideal seria quinzenalmente ou uma vez no mês. “Claro que, se o dono quiser o animal bem perfumado, pode dar banho toda semana. A escovação do pelo após a higienização auxilia no controle de queda dos fios”, diz Fernanda.

    Os gatos são animais muito higiênicos, sendo que passam muitas horas por dia cuidando da limpeza de seus pelos. Para isso, utilizam a superfície áspera de suas línguas para remover partículas de pó e sujeira. Devido ao modo que tratam da sua higiene, lambendo-se e ingerindo muito pelos, os gatos eventualmente regurgitam esse material na forma de pequenas bolas contendo suco gástrico e pelos.

    Outro aspecto característico da higiene desses felinos é o fato deles enterrarem a sua urina e fezes, evitando assim que o cheiro denuncie sua presença a uma possível presa ou predador. Com isso, quando o gato é criado em locais sem a presença de terra ou areia, há a necessidade de se manter uma caixa com areia sanitária à sua disposição, sendo que instintivamente ele irá utilizá-la para suas necessidades fisiológicas. Alguns fabricantes disponibilizam areias perfumadas para eliminar o cheiro forte que suas fezes podem deixar em um ambiente fechado, como casas e apartamentos.

    Para uma alimentação saudável, o felino deve ingerir ração e de preferência do superpremio (isto é o tipo, não a marca), além de variar o cardápio para que o animal não enjoe. Também é aconselhável comprar quitutes e aperitivos em formas redondas ou de ossos para divertir o seu gatinho.

    A veterinária afirmou conhecer alguns colegas de profissão que não gostam de trabalhar com gatos, uma vez que para lidar com eles tem que gostar ou aprender. Segundo Fernanda, antes de trabalhar com esses animais tinha a visão de que eram bichos ariscos, egoístas e independentes, mas atualmente os acha carinhosos e dóceis. “Nunca sofri um ataque, apenas dois arranhões que foram acidentais”, disse.

    A população de gatos aumentou de acordo com observações da médica dos felinos, uma vez que a procura por esses animais para adoção está sendo maior, pelo amor que transmitem ao dono. Ela afirmou ainda que se um gato escolher um tutor, será fiel para o resto de sua vida.

    Nota de redação: é importante informar que gatos são companheiros e não brinquedos, ou seja, ao adotar um gato (assim como qualquer outro animal), é necessário ter consciência de que o respeito à sua vida envolve, por exemplo, não tratá-lo como um instrumento, praticando atos condenáveis, como já retratado pela ANDA em um caso onde o tutor passou maquiagem no animal.

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