Após 60 anos de silêncio, empresário revela à Comissão da Verdade prisão e tortura sofrida no governo Vargas
A biografia do empresário baiano Boris Tabacof, 84 anos, é amplamente conhecida. Após militância no Partido Comunista do Brasil, ele formou-se em engenharia, tornou-se empresário da construção civil, foi secretário de Estado da Fazenda na Bahia e ajudou a modernizar a economia do Estado. Aos 40 anos, mudou-se para São Paulo, onde ajudou no crescimento do Banco Safra e a expandir as atividades da Suzano Papel e Celulose, entre outros casos de sucesso.
Entretanto, em novembro passado, Tabacof superou um trauma e contou, pela primeira vez, inclusive para membros de sua família, fatos ocorridos há exatos 60 anos: as torturas que sofreu em 1952 durante a prisão, em virtude do apoio que dava, na Bahia, a um grupo de militares nacionalistas e comunistas que foram perseguidos nas Forças Armadas durante o governo eleito de Vargas (51-54).
O depoimento do empresário foi concedido em São Paulo à Maria Rita Kehl, José Carlos Dias e Paulo Sérgio Pinheiro, membros da Comissão Nacional da Verdade. Na missão da CNV está a apuração das graves violações de direitos humanos ocorridas no país entre 1946 e 1988. Aos dezessete anos, Boris Tabacof, impactado pelas barbaridades cometidas durante a 2ª Guerra Mundial, entrou para o partido comunista. Judeu e filho de imigrantes estava no primeiro ano de engenharia civil, na Escola Polit...
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