Arcanjo da imprensa livre
Por mais que se tenha julgado indissociáveis, nas últimas décadas, a preservação da liberdade de imprensa e a plena vigência do Estado Democrático de Direito, resquícios contagiosos do autoritarismo, às vezes pouco perceptíveis - porque habilmente disfarçados de nobres princípios de "controle social" -, mantêm-se, em nosso país, como um fértil serpentário de cerceamento da liberdade de expressão. Os muitos recuos em tentativas - sejam acintosas ou sutis - de controlar a livre circulação de informações e opiniões na sociedade brasileira não significa que a mentalidade censória tenha sido banida do mapa político nacional.
As formas e os pretextos de que lançam mão os detentores de tal mentalidade podem muito variar.
Valores inquestionáveis são arregimentados numa aleivosa confrontação, como se sua preservação fosse incompatível com o direito de o profissional da comunicação informar e, mais importante, o de a sociedade ser informada. As razões da privacidade, do resguardo da imagem e da intimidade dos cidadãos têm sido, muitas vezes, invocadas para deixar em total opacidade as mais cabeludas falcatruas praticadas com a coisa pública.
Produzem-se projetos para a atividade da comunicação que, a pretexto de impor qualificação pr...
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