Artesãs de Cuiabá recebem assistência técnica em tecelagem
Cuiabá Melhorar e diversificar produtos, bem como aperfeiçoar o uso do tear manual. Estas são as metas da assistência técnica oferecida, esta semana, para seis artesãs de Cuiabá (MT) sob a orientação da especialista em tecelagem artesanal Kátia Torba, uma referência nacional com publicações em várias revistas segmentadas e programas de televisão.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Sebrae Mato Grosso e a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), que implementam juntos o Projeto de Agregação de Valor à Cadeia de Turismo no Vale do Rio Cuiabá, do qual esta capacitação faz parte.
A técnica da Unidade de Turismo e Artesanato do Sebrae no estado, Lusia Freitas, explica que as participantes são artesãs que já trabalham com tecelagem. Nossa intenção é mostrar a elas as muitas possibilidades do tear manual, dando informações sobre os fios mais apropriados para o clima quente da região e também os pontos mais adequados. Assim, elas poderão fazer produtos para serem comercializados durante todo o ano, destaca.
Com vasta experiência, Kátia Torba diz que as artesãs estão trabalhando com o tear de quadro e tear tricô, que tem esse nome porque os pontos se assemelham muito com os de tricô de agulha, embora tenham mais elasticidade. É mais usado no vestuário do que em tapeçaria, enquanto o de quadro é indicado para tapeçaria, inclusive a artística e para vestuário.
As participantes estão aprendendo várias técnicas e cada uma vai produzir uma peça jogo americano, caminho de mesa, estola, pelerine, capa de almofada e xale/colete usando materiais diversos como lã, fio de buriti, barbante, linha de algodão, juta, malha, fios com viscose e poliamida doados pela H.Marim, empresa que também enviou para o grupo dois teares flor ou roseta e o trio ratinho, usado para fazer cadarço e bijuteria. Kátia ressalta que com a mesma base dá para fazer variados produtos, incluindo cestarias, usando a técnica de tapeçaria.
Há 30 anos trabalhando como artesã, Maria Auxiliadora, de 56 anos, é uma das participantes. Ela garante que o artesanato é uma boa profissão e consegue uma boa renda em média R$ 1.500,00 por mês e que vive exclusivamente da atividade. Produz cerca de 50 peças por mês feitas de jornal e também de crochês, além de dar cursos. Estou pensando em começar a produzir cachecóis usando as técnicas aprendidas aqui, revela, acrescentando que já produz gorros e chapéus em lã e barbante.
Aos 53 anos, Rosileide Santos da Silva atua como artesã há 25. Além de fazer peças em tricô, crochê, bordado e tecelagem, ela ministra oficinas em lojas, eventos e também para grupos interessados.
Agregar valor às peças que faz é a intenção de Maria Benedita, 42 anos, ao aprender a trabalhar com tear. Há oito anos ela produz e vende panos de prato, de mesa, colares, tudo feito com chita, vendidos em feiras e eventos. Formada em estatística e já aposentada, 50% da sua renda vêm do artesanato.
Outra que também trabalha com costura e bordados e que está participando da capacitação é Cleonice Medeiros, 59 anos. Ela produz aventais, jogos americanos, toalhas entre outras coisas. Mas também trabalha com tear de pente liso e quer aperfeiçoar a técnica e aprender novas coisas para expandir a produção. Ela produz em média 200 peças por mês em costura, a grande maioria sob encomenda.
Também participam da atividade, as artesãs Rosileide Santos da Silva e Rosevane Pintor Cardoso.
Serviço:
www.mt.sebrae.com.br
www.mt.agenciasebrae.com.br
Central de Relacionamento Sebrae 0800-570-0800
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.