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29 de Abril de 2024
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    ARTIGO: A GREVE NAO É OPCIONAL

    Por Ronildo A. de Freitas

    Servidor do TRT/ João Monlevade-MG

    Fazer greve é angustiante, desagradável, desconfortável...

    Fazer greve nos coloca em risco de retaliação (por parte da chefia imediata, por parte dos magistrados e por parte da administração, embora não seja esta a orientação conforme palavras do Diretor Geral, desde que seja respeitada a famigerada portaria dos quarenta por cento).

    Fazer greve nos coloca em confronto e nos indispõe com a chefia imediata.

    Fazer greve nos deixa receosos e inseguros.

    Fazer greve não é ficar de folga ou tirar férias.

    Fazer greve, porém não é opcional. Participar do movimento nos é imposto pela condição de fazermos parte da categoria profissional que legal e regularmente representada aprovou e deflagrou a greve. Não é opcional porque os direitos, as vantagens as melhorias a serem conquistadas, bem como os prejuízos a serem evitados com a paralisação, não alcançarão somente os servidores em greve. Quem não adere ao movimento não escolhe, por não ser possível e provavelmente não escolheria se possível fosse, ficar excluído das conquistas. Quem não entra em greve não tem mais medo, não corre mais riscos, não precisa mais do salário (até porque não está lutando para melhorá-lo). Quem não participa do movimento não pode escolher, em consequência da sua inércia, ficar sem a incidência do PCS se aprovado, ou permanecer mais dez anos sem reajuste. Você que ainda não está em greve deve ter a coragem de assumir junto aos colegas, junto aos familiares e principalmente junto aos seus filhos, para os quais servem (ou deveriam servir) de exemplo, não que fez a opção de não participar da greve, mas sim que fez a opção de deixar que os seus colegas lutem para conquistar direitos e melhorias e tentem evitar prejuízos para eles e para você. Que escolheu deixar que os seus colegas corram riscos, sintam-se angustiados, inseguros e desconfortáveis por eles e por você. Que preferiu permanecer inerte nos seu conforto enquanto os seus colegas lutam, por saber que o que eles conseguirem será estendido a você.

    Estas considerações não têm entretanto a intenção de afrontar, enfrentar, criticar, ofender e muito menos julgar os nossos colegas (e até alguns amigos) que merecem e têm o nosso respeito, mas ainda não aderiram ao movimento. Têm antes o objetivo de fazê-los refletir mais e melhor e perceberem que precisamos da participação de TODOS. Até porque preferimos acreditar que não estão inertes com o objetivo deliberado e consciente de prejudicar e enfraquecer o movimento, pois aí sim, teríamos a triste situação de vê-los contribuindo (e atendendo ao desejo declarado dos nossos governantes), para o fracasso de nossa luta e a inevitável derrota e sepultamento das aspirações justas e merecidas nossas, deles e de TODOS OS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL.

    Não chegaremos a nenhum lugar sem a participação de todos. Ainda é tempo de mostrarmos que juntos somos fortes, que somos competentes no desempenho de nossas funções e que somos necessários à sociedade brasileira. JUNTE-SE À NOSSA LUTA E SEREMOS VENCEDORES.

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