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1 de Maio de 2024

Artigo: A igualdade de direitos entre homens e mulheres ainda não é fato

O artigo "A igualdade de direitos entre homens e mulheres ainda não é fato" é de autoria do presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rondônia, Hélio Vieira:

"Há muito se repete que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações e que com tal igualdade devem ser tratados. É um dos principais pilares da igualdade jurídica preconizada como direito fundamental por todos os povos.

Mas ainda é só uma previsão legal, pois a realidade demonstra que a mais degradante desigualdade no tratamento desses direitos ainda pesa sobre as costas das mulheres, muitas vezes escondida sob os olhares que se voltam para as conquistas de algumas.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres, no exercício do mesmo trabalho e da mesma função e as dificuldades de acesso aos cargos mais elevados e de maior prestígio nas organizações, é uma dessas realidades. Poucas conquistam de fato tal espaço concorrendo em igualdade com os homens. A idéia de que as mulheres são mais voltadas ao trato familiar do que o profissional ainda é uma imagem que garante preferência aos homens, uma idéia equivocada e que precisa ser mais rapidamente revista, pois as que conquistam postos mais importantes demonstram de maneira incontestável que mulheres conseguem conciliar carreira e família, e com isso acabam por ter maior rendimento profissional em razão da harmonia emocional.

É ainda injustificável o grande número de casos de assédio moral e assédio sexual a que são submetidas, em números alarmantes se comparados com os casos de assédio contra homens. Esse tipo de assédio implica estados de depressão e medo que diminuem o rendimento profissional e contribuem mais ainda para a manutenção do preconceito.

Acrescenta-se que, na contramão da igualdade, a violência contra a mulher foi declarada problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde, quando se divulgaram dados de que um terço dos atendimentos de emergência em nosso país têm origem em violência doméstica.

O Tribunal Superior do Trabalho, em recente decisão, decidiu ser incompatível com a Constituição a norma contida na CLT que prevê para a mulher, no caso de prorrogação de jornada de trabalho, descanso de 15 minutos antes de iniciar o trabalho extraordinário. Segundo aquela Corte, esse dispositivo não estaria em harmonia com a igualdade entre homens e mulheres, pelo quê foi reformada decisão de Tribunal Regional que o concedia esse benefício a uma mulher.

Penso que a conclusão deveria ser exatamente o inverso: se há igualdade entre homens e mulheres, essa igualdade é recíproca. Não é o homem um" paradigma "para que os direitos a ele conferidos sejam estendidos à mulher. O inverso também é verdadeiro, de tal forma que para garantir o direito igualitário, dever-se-ia garantir o descanso, nos mesmos moldes, aos homens, e não negá-lo às mulheres porque os homens não o têm.

Quando a Consolidação das Leis do Trabalho dedicou um capítulo à proteção do trabalho da mulher não criou privilégios infundados, mas, ao contrário, idealizou aproximar a igualdade ao ideal de realidade fática que deve nortear o cumprimento de tal princípio.

Resta que todos devemos procurar o máximo empenho para tornar esse princípio da igualdade uma realidade presente, na qual a conquista da mulher não seja mais notícia de uma grande vitória, mas, sim, um cotidiano de nossas cidadãs, incorporado às relações do trabalho.

E esperar que elas ensinem aos homens como conciliar o ímpeto da vida profissional e a conquista por espaço no mercado de trabalho, numa disputa frenética e desigual, com a doçura com que ainda acolhem as suas famílias ao final do dia."

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A lei feminicídio coloca um agravante quando o crime é uma mulher, por que aparente a mulher não é um ser humano, ela precisa de um tratamento especial, além do que já está na nossa lei, que na verdade nossa constituição fala que somos todos iguais perante a lei, MENOS SE VC FOR UMA MULHER.

O feminicídio diz que um assassinato de uma mulher é pior que um assassinato de homem, simplesmente por ser UMA MULHER, assassinatos contra mulher passa a ser hediondos, ou seja, existe um lei que defende as mulheres, ou melhor, que puni mais o homem que comete crime contra uma mulher.

Falo isso porque não é qualquer pessoa que comete um crime contra uma mulher, tem que ser o homem, o vilão da história sempre é o homem, se não foi o homem não se fala sobre o assunto, ignoram as estatísticas que comprovam por ex. que relacionamento entre lesbicas a violência é maior que relacionamento heterossexuais.

No Brasil o mapa oficial da violência apresentada em 2016 só falou da violência contra a mulher, e quem vê assim, todos os dados são alarmantes... 100% dos crimes registrados na delegacia da mulher tem um homem como agressor... Porem uma mulher que procura a delegacia da mulher agredida por outra mulher, já que ela tbm é mulher não é atendida e tem que recorrer uma delegacia comum, ou seja... não é uma delegacia da mulher é uma delegacia contra o homem... logo todos os dados da delegacia da mulher devem ser ignorados.

Mas os dados do mapa da violência de 2016 visando os dados de 2014, no Brasil foram assassinados em 2014, 59627 pessoas no pais, são 59627 pessoas em território nacional que foram assassinadas, este número representa 10% das mortes do mundo, onde se torna um pais que se mata mais gente do que países em guerra, morreu mais gente no Brasil do que morreu na círia, deste montante de 59626 pessoas 4757 são mulheres, estamos falando de menos de 8% do total de mortes de todo o pais, mas afirmar que temos um problema de violência contra a mulher é ignorar um fato obvio.

Quando falamos da violência contra a mulher estamos negando um pais que está matando 11,5 vezes mais homens do que mulheres, e usando as mesmas pesquisas temos 92% dos homicídios cometidos contra homens, e 8% contra mulheres, as pesquisas afirmam que 40% dos homicídios contra mulheres foram causadas pelos seus parceiros homens, mas é 40% de 4747 e tbm dentro desta pesquisa mostra que 6% das mortes cometidas contra homens eram por parceiras destes homens, ai pensamos... nossa, morre muito mais mulheres na mão de homem do que homens na mão de mulheres... mas olhando atentamente os dados oficiais, 40% de 4757 é um total de 1902 de mulheres, ou seja, 1902 mulheres foram mortos per seus parceiros, se for parceira não entra na conta, e 6% de 54870 homens que da um total de 3292 homens, ou seja, morreram 1390 mais homens em decorrência de violência domestica no Brasil do que mulheres.

Então na próxima vez que vc ouvir alguma feminista ou qualquer órgão governamental falando que o problema do Brasil é a violência contra as mulheres vc me liga, eu posso não saber muito de matemática, mas eu sei um pouco de lógica.

Se vc fizer uma pesquisa rápida no google, violência doméstica contra homem, vc não vai achar nada, não tem absolutamente nenhum dado dentro do google que fala da violência domestica sofrida por homens a não ser reportagens ou depoimentos de pessoas.

Homens são sempre ignorados por completos, portanto hj serei chamado de machista por defender os homens neste artigo.

Desculpa meninas, mas acho que alguém tem que falar, pois estão matando os homens e estão matando as mulheres, porem só um lado está sendo levado em consideração.

Não sei se vcs sabem como foi criado a política para cuidar da violência domestica sofrida por mulheres, toda vez que falo em violência doméstica leia mulher ok, pq é ignorado o lado do homem.

Existe uma feminista que se chama Ellen Pence, criadora do órgão chamado Duluth que é usado em vários países para desenvolver o dado de violência doméstica no pais e como vc cuida das mulheres que sofre com esta violência, esta mulher ela é antiética, o método dela é o seguinte, “O Vinício me estuprou”, o que acontece em qualquer outro crime? Ele é considerado inocente até que se prove ao contrário, menos quando é uma mulher que está falando, ele é preso, torturado, pode ser morto, depois ela pode falar, “mudei de ideia” e sabe o que vai acontecer com a acusadora? Nada! Este método Duluth ele foi por muitas vezes desmascarado pela ciência mesmo, quando eu penso em todas estas informações, tanto com os dados da violência do pais, como o tanto que eu sei que as mulheres são capazes de torturas, estupros, homicídios, chamar o feto de um amontoado de células e descarta-lo, como se fossem lixo... pensando em tudo isso não se pode aceitar uma lei como o feminicídio, porque então temos que falar também do montante de 54870 que está morrendo e que são os homens.

Não estou negando que precisamos cuidar das mulheres, mas também não posso negar que são 54870 homens que foram mortos em 2014.

Se pesquisarem nas leis do Brasil existem quase MIL LEIS QUE BENEFICIAM AS MULHERES, só pelo fato de terem NASCIDO MULHER, o feminicídio é só uma das quase mil 760 leis que encontrei, entre outros 90% das brigas judiciais por guarda e pensão são ganhos por mulheres, de cada 11 mortes por violência 10 são de homens, homens são apenas 40% nas universidades, não tem dia internacional, hospitais especializados e muito menos leis que beneficiem apenas por ser homem, o câncer de próstata mata proporcionalmente o mesmo que o de mama, mas adivinhem onde são gastos mais com prevenção e campanhas? Homens são 80% dos moradores de rua e cometem 90% dos suicídios, o exército é obrigatório apenas para homens, licença maternidade é de 180 dias e pais pegam apenas 5 dias, trabalhamos 5 anos a mais para aposentar e morremos 8 anos antes, quando o Titanic afundou 80% dos homens morreram e 80% das mulheres sobreviveram, o feminismo vive bradando por ai que mulheres são apenas 5% dos CEO nas empresas, mas não falam nada de que homens ocupam 95% dos cargos de lixeiros, pedreiros e em minas de carvão, o trabalho costuma ser obrigatório e cobrado apenas aos homens, enfim, homens e mulheres sofrem, mas apenas um lado fica de mimimi.” continuar lendo

Seu artigo é sexista e não condiz com a verdade. continuar lendo

Feministas não passam de uma escoria social, parasitas e vitimistas, sempre alegam que não há direitos, mas na verdade só falam isso em busca de mais privilégios. É aquela besteira que todo esquerdista fala de reparação histórica, que nada mais é que um bando de desocupados querendo se dar bem utilizando-se do governo para dar golpe em pessoas que lutaram por uma vida melhor. continuar lendo

Oi meu nome é Beatriz tenho 10 anos
Uma pergunta para um trabalho:
O que faz homens e mulheres serem tratados de forma desigual? continuar lendo