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7 de Maio de 2024
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    ARTIGO: SÍNDROME DO PÂNICO

    há 12 anos

    As crises de pânico estão entre os diagnósticos mais frequentes que levam os pacientes a procurar serviços de emergência, pois aproximadamente 43% dos pacientes com crises de pânico são atendidos pela primeira vez em unidades de pronto-socorro, sendo que 15% destes chegam ao local de atendimento em ambulâncias devido à intensidade do quadro (Porto, 2003).

    A seguir descreverei como acontece uma crise de pânico: "De repente, começo a passar mal. Meu coração está batendo forte, disparado. Estou com dificuldade para respirar. Minha garganta parece que está fechando. Minha boca está seca. Estou quente e suando muito. Devo estar com febre e minha pressão deve estar altíssima. Minhas pernas estão completamente bambas. Minhas mãos estão tremendo. Estou enjoada. Tonta. Confusa. Acho que vou desmaiar. Tenho a sensação de que algo horrível está prestes a acontecer comigo e não posso fazer absolutamente nada. Meu braço está formigando. Estou tendo um derrame! Vou direto ao pronto-socorro do hospital mais próximo. Tenho certeza que vou morrer! Devo estar enfartando! No hospital, o médico faz um eletrocardiograma e uma bateria de exames; diagnóstico: Não tenho nada.”

    A ocorrência freqüente desses ataques configura a doença chamada Transtorno do Pânico (TP). Atualmente, atinge de 3% a 4% da população mundial. Na maioria das vezes, afeta pessoas jovens, na faixa etária entre 21 e 40 anos, sendo observado um grau de incidência três vezes maior entre as mulheres do que nos homens (Rangé, 2001).

    O que fazer?

    “Se uma pessoa sofre um ataque de pânico isolado e sem conseqüências, isso não significa que ela seja portadora do transtorno do pânico. Algumas condições, como o estresse no trabalho e o uso de substâncias, como álcool, o fumo e a cafeína, podem eventualmente desencadear ataques de pânico, ou também chamados de ataques de “ansiedade grave”. Entretanto, se estes passarem a ter uma característica de repetição e forem seguidos de uma preocupação persistente da pessoa de ter um novo ataque, ou de suas conseqüências, como ter um ataque cardíaco ou um derrame, o transtorno do pânico poderá ser considerado, desde que estes últimos não sejam causados por uma doença física (por exemplo, hipertireoidismo). É importante lembrar também que os ataques de pânico devem ser espontâneos, isto é, “vindos do nada”, e não relacionados a objetos e situações particulares, o que é mais característico das fobias (por exemplo, fobia de voar em avião, fobia de falar em público, fobia de dirigir, etc.).” (Barros Neto, 2000)

    Qual é o melhor tratamento?

    O tratamento é psicoterapia e/ou medicação. Dependerá do grau, tempo de existência da doença e do comprometimento do diaadia da pessoa. É comum que os pacientes, após terem um ataque de pânico, passem a ter medo de ter um novo ataque em qualquer situação como dirigir, ir a festas, supermercado, banco, cinema, etc. Casos em que a doença está avançada podem ter 2 ou 3 ataques por dia, o que impossibilita muito a sua concentração no trabalho. Desta forma, começam a evitar saídas, mesmo acompanhados com pessoas confiáveis. Portanto, a doença pode afetar muito a vida, carreira e o diaadia tanto do paciente quanto daqueles que convivem com o mesmo. (Savoia, 2001)

    Como é o tratamento psicológico na Terapia Cognitiva do Pânico?

    Recomendo ler o artigo da Psicóloga Dra. Ligia M. Ito sobre o tratamento do pânico, entitulado “Abordagem Cognitivo-Comportamental do Transtorno do Pânico”, que pode ser encontrado no link http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/28_6/artigos/art313.htm (Ito, 2001)

    Referências Bibliográficas

    RANGÉ, Bernard (Org.) “Psicoterapia Comportamental e Cognitiva de Transtornos Psiquiátricos”Vol. II. Editora Livro Pleno. Campinas, 2001.

    BARROS NETO, Tito Paes de. Sem medo de ter medo: um guia prático para ajudar pessoas com pânico, fobias, obsessões, compulsões e estresse. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2000.

    SAVOIA, Mariângela G. “Tratamento combinado do transtorno do pânico farmacológico e psicoterápico”. Artigo Original. Revista Psiquiatria Clínica. São Paulo, 2001.

    ITO, Ligia M. “Abordagem Cognitivo-Comportamental do transtorno do pânico”. Revista de Psiquiatria Clínica, 28 (6): 313-317. São Paulo, 2001.

    PORTO, José A. Del. “Crises de pânico na clínica médica”. Rev. Bras. de Medicina. 60 (NE): 33:38-36-39. Dez, 2003.

    Viviane Sampaio. Psicóloga e Coach. Consultório na Vila Mariana em São Paulo. Tel.: (11) 9808-3718, e-mail: vs@vivianesampaio.com.br ou Skype clinicavivianesampaio Site www.vivianesampaio.com.br e Blogs Coaching www.coachingvs.blogspot.com e www.vivisampaio.blogspot.com

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/artigo-sindrome-do-panico/3062157

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