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20 de Junho de 2024
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    As sanitas emporcalhadas do Mercado Cuachena-Tete-Moçambique

    Publicado por Rabim Chiria
    há 3 anos

    As sanitas emporcalhadas do mercado Cuachena (Tete)

    No dia 1 de junho (segunda-feira) aventurei-me inutilmente ao mercado Cuachena. Durante as minhas passeatas pelo interior do mercado entrei acidentalmente numa área restrita. Dentro dela tinha uma casa bonita que expelia e expele até então um cheiro nauseabundo. Eu curioso que sou procurei saber se naquela casa tinha vossas abertas.

    Eis que uma senhora me responde: não, é apenas um sanitário público, se está apertado é só entrar, mas depois pagará 5 meticais. Eu perguntei: as pessoas que entram aí saem vivas? Ela respondeu: sim, porque não? Eu disse: é por causa deste cheiro tão nauseabundo que comecei a sentir logo ao entrar no portão deste mercado. A senhora responde o seguinte: é verdade, mas os vendedores deste mercado já se acostumaram. Eu retorqui: você como responsável deve tomar providência para que não haja uma sabotagem no uso deste património público. A sua última reacção foi: não há possibilidade de fazer diferente porque este património é do Estado. Aliás, as pessoas que vendem aqui não sentem esse cheiro que você diz estar a sentir.

    Naquele mesmo instante reparei no canto direito daquele sanitário público, vi um casal de velhos sentados, talvez lembrando os seus arroubo da juventude. Entre-olhavam-se, mas com comiseração. Minutos depois começaram a chupar cana-de-açúcar com todo gosto do mundo. Uma senhora, por sinal uma das vendedoras de tomate soltou um grito de compaixão e desespero: paizinhos estão sentados aí chupando cana-de-açúcar com todo gosto, não sentem esse cheiro tão nauseabundo? Claro, a senhora não teve jeito nem arte de falar! O velho casal, com medo de coerção social levantou-se e foi embora.

    Ora, é do domínio público que a organização mundial da saúde define a saúde como o bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de enfermidades. Não obstante, as doenças são entendidas como um atentado a saúde, sendo a higiene a única a arma para combate-las. Neste âmbito, as condições de saneamento nos mercados são imperiosas para garantir a saúde pública, sobretudo das pessoas que la frequentam. O mercado Cuachena não é uma excepção, as pessoas que zelam pelos sanitários públicos naquele espaço que está localizado o mercado devem elaborar um plano de limpeza para garantir a higiene naquele recinto comercial e assegurar boas práticas de prevenção e controle de infecções, sobretudo nas casas de banhos e latrinas.

    Eu entrei em contacto com alguns vendedores e costureiros, alguns disseram-me que aquele sanitário Púbico está mal localizado por estar no meio do mercado, cometeu-se erro logo início de planificação do mercado. Claramente, em condições normais o sanitário tinha de estar fora do mercado, mas isto não justifica a falta de cuidado e conservação pelo mesmo. Aliás, se esta fosse a regra, ninguém teria casas de banho dentro de casa. Outros lançaram culpa ao município local alegando que não tem feito com frequência a desentupagem das vossas, por esta razão, os vasos sanitários estão a transbordar constantemente. Ora, o município até pode fazer o seu trabalho, mas quando o munícipe não colaborar com as medidas de higiene todo esforço será em vão.

    Portanto, os beneficiários daquele património público devem mudar a sua atitude mental e cuida-lo como se fosse caseiro. Fazer limpeza com frequência e criar um método específico de limpeza, principalmente indicar pessoas responsáveis pela higienização em cada existência da vida quotidiana. No entanto, os responsáveis devem garantir que, cada indivíduo que for a entrar na casa de banho leve consigo um balde de água para evitar a história de deixar vestígios no vaso sanitário. Só assim pode-se minimizar o problema.

    Autor: Rabim Saize Chiria

    Contactos: 847013707, 856378885.

    Endereço eletrónico: Saizemmm@gmail.com

    Licenciado em Filosofia Pela Universidade Eduardo Mondlane; Moçambique.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/as-sanitas-emporcalhadas-do-mercado-cuachena-tete-mocambique/1248381603

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