Assembleia do RS faz pedido de união aos demais parlamentos em torno do reajuste da tabela do SUS
O presidente do Parlamento gaúcho, Pedro Westphalen (PP), encaminhou nesta quarta-feira (3) um pedido a todos os parlamentos do Brasil, de união em torno da mudança da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). No último dia 20 de março, Westphalen, em conjunto com o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Julio Dornelles de Matos, já havia assinado um termo de cooperação em prol da melhoria do SUS. Na ocasião, Westphalen ressaltou: “Dr. Julio não faz um pedido, mas uma convocação ao trabalho, e é para isso que estamos aqui". A Assembleia Legislativa de São Paulo já aderiu à causa.
Ação apoia Movimento Tabela do SUS! Reajuste Já
As entidades, junto com as frentes parlamentares de apoio às santas casas, hospitais e entidades filantrópicas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, coordenadas respectivamente pelos deputados Ronaldo Santini (PTB) e José Milton Scheffer (PP), integram o “Movimento Tabela do SUS! Reajuste Já”, em defesa de reajuste de 100% na tabela do SUS para procedimentos de baixa e média complexidade. Também se somam à campanha nacional “Todos pela Saúde”, que luta pela aprovação de uma emenda parlamentar que obrigue a União a investir 10% do seu orçamento em saúde.
O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul disse que o Sistema Único de Saúde foi criado pela Constituição Federal como um direito do cidadão. Conforme Matos, 155 milhões de brasileiros, dos quais 7 milhões de gaúchos, têm o SUS como único sistema de saúde. “É pensando nessa população que estamos aqui hoje”, declarou. Ele reconheceu avanços no Rio Grande do Sul e o esforço da Assembleia Legislativa, em particular do relator da proposta orçamentária no ano passado, deputado Marlon Santos (PDT), em" buscar dentro dos meandros do Orçamento público os 12% destinados à saúde ", de modo que" se pode dizer hoje que o Estado não é o último em investimentos em saúde ".
União deve cumprir seu papel
Segundo ele, não bastam, porém, esses avanços."É preciso que a União cumpra o seu papel”, defendeu. Ainda segundo Matos, muitos perguntam o porquê de os hospitais filantrópicos permanecerem vinculados ao SUS. "É preciso lembrar da origem desses hospitais, e do vínculo que possuem com a população", apontou. Citando dados recentes, ilustrou o colapso enfrentado pelo setor. Segundo ele, há hoje 10 milhões de hipertensos e 4,5 milhões de diabéticos sem acesso ao SUS, 50% das gestantes ficam sem pré-natal completo e 90 mil pessoas com câncer sem acesso a quimioterapia e radioterapia.
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