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10 de Junho de 2024
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    Astério Moreira propõe debate sobre Antimary sem prejuízos às sessões ordinárias

    O deputado Astério Moreira (PRP) defendeu na tribuna, nesta quarta-feira, 28, que o manejo florestal sustentável na Floresta Estadual do Antimary seja debatido em comissões especiais sem prejuízos às sessões ordinárias. “Em vez de discussões em sessões solenes, que seja debatido nas comissões com a participação de técnicos do Imac, do Ibama, da Secretaria de Florestas e outros órgãos afins”, explicou.

    De acordo com Astério, o debate deve se estender a outras áreas de manejo, públicas ou privadas, para que sejam apurados todos os benefícios e defeitos do programa a fim de que as comissões possam elaborar um relatório que será encaminhado ao Poder Executivo. “Quais são os resultados sociais e econômicos, quais são as melhorias para as famílias envolvidas? Este deve ser o teor do relatório”, adiantou.

    Astério lembrou que houve um tempo no Acre em que os parceleiros de programas de reforma agrária do Incra vendiam árvores de madeira nobre por R$ 30,00 para as madeireiras que as transportavam em toras a outros Estados devastando a floresta sem deixar nenhum benefício para o Acre. “Mais tarde houve um movimento ambientalista que proibiu a atividade madeireira na Amazônia transformando a floresta num santuário intocável, apenas para a contemplação. Contra este movimento, surgiu o selo verde para a madeira produzida através dos planos de manejo sustentável, uma conquista para o Estado cujo maior patrimônio é a floresta”, argumentou Astério.

    O valor da madeira no mercado internacional, de acordo com o parlamentar, é a prova de que o Acre não pode abrir mão da exploração da madeira, desde que feita de forma científica e comercializada com valor agregado, em forma de móveis e não de forma bruta. Ele lembrou que os ex-deputados Ronald Polanco e Edvaldo Magalhães chegaram a viajar aos exterior para ver como funciona o mercado de madeira tropical, notando que em Londres, uma cama feita com mogno brasileiro era vendida a 15 mil dólares.

    “Enquanto isso, o Acre tinha mais de dois mil marceneiros trabalhando na ilegalidade, como bandidos. Hoje, graças ao plano de manejo e da estruturação de uma cadeia produtiva ,estão todos inseridos no mercado e produzindo móveis de qualidade e com garantia de comercialização”, disse Astério, lembrando da iniciativa do secretário Edvaldo Magalhães, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia.

    Alternativas

    Para Astério, enquanto não houver outra alternativa, o manejo sustentável de madeira é a única forma de utilização da riqueza do Acre. “Até que seja apresentada uma alternativa ao manejo, que não seja a devastação, nós temos que aprofundar este debate para apontar onde estão os erros e corrigi-los”, ressaltou.

    O deputado recorreu a um estudo do Banco Mandial e do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente) recomendando a exploração da madeira de forma sustentável e também dos produtos não madeireiros e controlando as forças do mercado. Astério comparou a riqueza da floresta acreana à riqueza do Pré-Sal, as jazidas de petróleo nas profundezas do Oceano Atlântico já em processo de exploração no litoral do sudeste brasileiro.

    “O Acre não pode abrir mão da arrecadação de ICMS proporcionada pela madeira manejada. Se há defeitos, temos que corrigir os rumos, aperfeiçoar o processo e ampliar a inclusão social das milhares de famílias que vivem nas áreas afetadas”, defendeu. Astério afirmou que se o projeto do Antimary não está dando certo, há exemplos ao contrário, como o projeto Humaitá.

    João Maurício

    Agência Aleac

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