Audiência entre USP e sindicato de trabalhadores termina sem acordo
Terminou sem acordo a audiência de instrução e conciliação entre a Universidade de São Paulo (USP) e o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). Uma nova reunião ficou agendada para o próximo dia 27, às 13h.
Conduzida pela vice-presidente judicial do TRT-2, desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, a audiência teve por objetivo promover uma composição entre as partes para o fim da greve que ocorre desde o final do mês de maio, segundo o site da categoria.
A reunião durou quase três horas, porém os esforços do Tribunal não foram suficientes para finalizar o movimento paredista. O Sintusp pediu abertura de negociação, mas não mencionou em mesa qual é sua pretensão de aumento (alguns funcionários que assistiram à audiência citaram o aumento pretendido: 9,78%). A USP ofereceu zero de reajuste. A instituição explicou que está com 105% de sua receita comprometida em razão de promoções e despesas já realizadas.
Uma das queixas do sindicato é que estão sofrendo descontos nos salários por conta da greve. À USP a desembargadora Rilma pediu que se abstenha de realizar a supressão, e aos trabalhadores, que não realizem piquetes. Para as duas partes clamou pela observação aos preceitos da Lei de Greve (Lei 7.783/1989).
A paralisação atinge funcionários da área administrativa e prejudica o atendimento no Hospital Universitário da USP (HU), que presta serviços para a comunidade e também atende casos de urgência e emergência da capital. Segundo informações obtidas na audiência, há um acordo prévio entre as partes que garante 31% do efetivo em funcionamento no HU.
Não houve concessão de medida liminar para volta ao trabalho, já que profissionais médicos – cujo serviço é considerado atividade essencial – não estão em greve.
Uma reunião está marcada para o dia 27, às 13h, devendo ser realizada no 6º andar do Ed. Sede (rua da Consolação, 1272, São Paulo-SP). Conduzirão as negociações o desembargador Davi Furtado Meirelles e a juíza Patrícia Therezinha de Toledo, por meio do Núcleo de Conciliação de Coletivos.
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