Bazar beneficente busca renda para resgatar animais carentes em Barra Mansa (RJ)
Obter renda e reverter o lucro em castrações. Esse é o objetivo do bazar beneficente em funcionamento na Rua Doutor Mário Ramos, 50, Centro de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Criado pelo Grupo Amor Animal, a ideia é auxiliar no resgate de cães e gatos em situação de rua que, após serem castrados e devidamente cuidados, vão para adoção. Atualmente, sete cães e três gatos esperam por um novo lar.
A estudante do 8º período de Medicina Veterinária, Mariana Angelim, de 24 anos, é responsável pelo Grupo Amor Animal, formado por cinco pessoas. Ela contou que todo dinheiro arrecadado com as vendas do bazar será destinado ao tratamento dos animais em situação de abandono. A organização sem fins lucrativos sobrevive há seis anos através de doações. Segundo Mariana, 40 procedimentos de castração estão pendentes e, a partir disso, surgiu a ideia do bazar. A estudante de veterinária que atende os animais cobra apenas pelos materiais, mas mesmo assim é preciso uma renda extra para ajudar a manter os trabalhos.
Sem um abrigo e espaço suficiente para oferecer aos animais é preciso encontrar um tutor disposto a dar todos os cuidados. Enquanto isso, a casa da Mariana sempre tem lugar para mais um. “Nosso objetivo principal é a castração. Antes de doar, fazemos todo procedimento necessário e tratamento daqueles que precisam”, reforçou a universitária. Há quatro dias com o bazar em funcionamento, o movimento está crescendo, segundo Mariana. Os interessados em doar roupas, sapatos, móveis ou qualquer outro material, podem comparecer à loja, no Centro, entre 9 e 17 horas. “A loja foi emprestada e vamos ficar aqui até quando der”, completou.
Além do resgate de cães e gatos, os animais silvestres também são recuperados pelo grupo.
Mariana frisa para a importância em adotar os animais adultos, já que as pessoas sempre optam pelos filhotes. “É importante dar chance aos adultos porque eles já sofreram muito, estão abandonados e deprimidos. O adulto é mais educado, não chora e não faz as necessidades dentro de casa. É mais fácil de cuidar, ao contrário do que as pessoas pensam”, revelou.
A estudante ainda comentou sobre a falta de serviço veterinário na rede pública, já que a Clínica Municipal oferece apenas atendimento, mas não faz nenhum procedimento. “Tinha que ter um projeto de castração em Barra Mansa como já teve no governo Roosevelt”, afirmou Mariana. Um dos cachorros está em processo de tratamento que deve custar em média R$ 500. Ele está com ferimentos na pele decorrentes, inclusive, de maus-tratos.
Fonte: A voz da Cidade
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