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16 de Junho de 2024
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    BC cerca inflação, mas acordos salariais não favorecem trabalhador

    O Banco Central (BC) não deu uma pancada na taxa de juro neste ano e é improvável que isso aconteça. Por ora, o ajuste da taxa Selic foi ampliado e até 10 de julho, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente, esse é o cenário que temos. No ano, a taxa básica avançou 0,75 ponto percentual. Esse aumento é modesto se comparado a outros que o mercado brasileiro assistiu e incorporou até o passado recente. Não há perspectiva de consenso sobre a elevação total da Selic neste ano. No tempo, a política monetária mais apertada afetará a formação de preços de produtos e serviços. Exatamente por esse motivo analistas de mercado estão atentos ao câmbio porque não desprezam seu repasse, mais rápido, e veem a inflação já atuante um ruído que desfavorece trabalhadores nas convenções salariais deste ano.

    Os jornalistas Juliana Elias, Rodrigo Pedroso e Denise Neumann, do Valor, relatam que as consequências da dobradinha inflação alta e atividade ainda frágil aparecem no menor ganho real e no atraso das negociações entre sindicatos e empresas, que, em muitos casos, estão levando de um a dois meses. No período março a maio, um terço dos acordos salariais coletivos registrados no Ministério do Trabalho não pagou aumento real, uma mudança em relação aos anos anteriores, quando mais de 90% das negociações era concluída com reajustes acima da inflação.

    Em boa parte das categorias que já concluíram as negociações para os salários de 2013, os reajustes deste ano foram inclusive maiores que do ano passado, mas a diferença serviu basicamente para cobrir a inflação em abril do ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), índice de preços do IBGE usado como base na maioria dos contratos, acumulava variação de 4,88% em 12 meses; em abril deste ano, já estava em 7,16%.

    Como consequência, no trimestre março-maio, um terço de 60 convenções coletivas de trabalho protocoladas no Ministério do Trabalho não garantiu aos trabalhadores aumento real ou ele foi inferior a 0,1%. O levantamento considerou categorias cuja data-base fica entre março e maio e descontou a inflação pelo INPC, mais usado nas negociações salariais. Neste período, a maior parte das categorias com acordos registrados pertence ao setor de serviços (incluindo transporte e construção), mas um terço é de trabalhadores na indústria, ainda que a maioria seja de pequenos sindicatos.

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