BELÉM: Operação Fukushima faz prisões com Busca e Apreensão de documentos e equipamentos
Através de análises de documentos aprendidos em operações passadas, com novas investigações e oitivas de testemunhas chegamos à operação Fukushima deflagrada na madrugada desta terça (10)", informou o promotor de justiça Milton Menezes, que coordena o Grupo Especial de Prevenção e Repreensão as Organizações Criminosas (Geproc) do MPE. Dez promotores de justiça do MP, nove delegados do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil e mais de 20 policiais militares e civis cumpriram a determinação judicial do Juiz de Direito Pedro Pinheiro Sotero, titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares, que resultou na Busca e Apreensão de centenas de documentos, além de computadores, notebooks e pendrives, com prisões de quatro (4) pessoas envolvidas diretamente nas fraudes relativas a convênios firmados pela Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). O coordenador do Geproc explica que a operação é fruto das investigações em mais de 50 convênios firmados pela Alepa na gestão do ex-deputado Domingos Juvenil, que atingiram o montante de mais de R$19 milhões. Segundo o promotor, a fraude foi detectada a partir de documentos encontrados no computador do ex-chefe de gabinete da Alepa, Edmilson Campos, onde constava uma lista de pedidos/propostas de convênios entre entidades privadas sem fins lucrativos. A Alepa não pode fazer convênio. Não é o objeto da instituição fazer trabalho de assistência social, questionou o promotor de justiça, Nelson Medrado. E o mais grave: os convênios não são fiscalizados e nem prestam contas ao Tribunal de contas do Estado, destacou o promotor Arnaldo Azevedo. PRISÕES - As prisões ocorreram nas residências do contador Gilberto Silva; da contadora Karla Noely Guimarães Marques; da chefa de gabinete do Deputado Pastor Divino (PRB), Silvana Helena Lobo da Silva e da servidora lotada no gabinete do Pastor Divino, Maria Soreia da Silva Nascimento. Nove alvos foram atingidos na operação: primeiro as ONGs; a Associação dos Moradores do Bairro do Guamá com sedes em Belém e Barcarena; o Movimento voluntário" Fé para Mudar " (Ananindeua); a Mão Amiga; e a Associação Beneficiente Pará em Ação (Belém); além de quatro residências particulares. Os documentos apreendidos serão analisados pelo GEPROC e os presos prestam depoimentos e cumprem prisão temporária de cinco dias podendo ser prorrogada por mais cinco. As prisões foram determinadas pelo juiz Pedro Sotero. Texto: Edson Gillet (Assessoria de Imprensa)
Fotos: Augusto Nascimento (graduando em jornalismo) e Sérgio Tibúrcio Jr.
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