Boicote governista é anti-regimental e já beira a prevaricação

Stela: “Boicote governista é anti-regimental e já beira a prevaricação”

O boicote de deputados governistas do PMDB, PP, PSDB, PPS e PTB que integram a CPI da Corrupção tem impedido o avanço dos trabalhos da Comissão. Em pouco mais de dois meses de trabalho e 17 sessões realizadas, em apenas duas houve quorum mínimo para votação de requerimentos. Os pedidos de convocação de testemunhas-chave na investigação da CPI estão inviabilizados pelos próprios parlamentares escolhidos para investigar.

Faltando menos de dois meses para o prazo final da Comissão, a presidenta da CPI, Stela Farias (PT) acolheu a sugestão do deputado Ronaldo Zulke (PT), de recorrer ao presidente da Assembléia e ao colégio de líderes para que se providencie a substituição dos parlamentares que se negam a comparecer e obstruem os trabalhos.

O campeão de faltas é deputado Luciano Azevedo do PPS, com 13 ausências, seguido do vice-presidente da Comissão, deputado Gilberto Capoani (PMDB), com 12 faltas. O represente do PP na CPI, deputado João Fischer, que defende a retirada de quórum como estratégia para evitar a convocação de testemunhas, tem 8 faltas.

Para Stela, os deputados governistas, além de criarem falsos subterfúgios retóricos para não comparecer as sessões, como atribuir a condução da Comissão ao relator, promovem com sua ausência, a cumplicidade com aqueles que comentaram irregularidades e são objetos de investigação. “Anti-regimental é o boicote e ausência sistemática desses parlamentares e já beira a prevaricação” cobrou.

A parlamentar defende que independente das diferenças políticas entre os partidos, deve prevalecer o compromisso com a sociedade. “Tenho a sensação de que esse comportamento relapso dos governistas, é de quem está se lixando para a população”