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2 de Maio de 2024
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    Bolsonaro defende o fim das cotas e denuncia racismo nas universidades do Rio

    Publicado por Agência Brasil
    há 15 anos

    Brasília - O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) defendeu hoje (26) a decisão do Tribunal de Justiça do Rio, de suspender as cotas sociais e raciais em universidades do estado, sob o argumento de que a medida provoca um “acirramento” de relações sociais e pode provocar discriminação no mercado de trabalho.

    Provocado pelo deputado, o Tribunal de Justiça do Rio suspendeu ontem (26) a Lei Estadual 5.346 que prevê cotas para negros, índios, egressos de escolas públicas, filhos de policiais e bombeiros nas universidades estaduais.

    Segundo Bolsonaro, a lei é discriminatória e pode implicar no aumento do racismo. Sem citar nenhuma pesquisa sobre o impacto da medida no ambiente acadêmico, o deputado informou ter ouvido dos universitários relatos de situações constrangedoras.

    “Os efeitos das cotas estão sendo inversos aos propagados. Na Uerj [ Universidade do Estado do Rio de Janeiro ], temos relatos de que quando um aluno de pelé escura erra uma questão na sala de aula, é taxado de cotista, portanto, de ter menos capacidade”, afirmou antes de acrescentar que a discriminação pode se estender para o mercado de trabalho.

    “Quando essas pessoas buscarem trabalho vão encontrar mais uma vez resistência porque serão tidas como pessoas menos capazes. E isso atinge até aquelas pessoas de pelé escura que não entraram na universidade pelas cotas”, completou.

    A Universidade do Estado do Rio de Janeiro �"a primeira do país a adotar cotas �" defende o sistema e tenta embargar a decisão judicial para que a execução da liminar seja prorrogada para o próximo ano, já que alunos prestam vestibular no próximo mês.

    O reitor da instituição, Ricardo Vieiralves Castro rebate as denúncias de discriminação e informa que uma pesquisa sobre o desempenho dos alunos cotistas - que trará dados também sobre a evasão e o ingresso deles no mercado de trabalho - será apresentada no final do ano.

    Segundo o reitor, os cotistas têm direito a 45% das cerca de 5 mil vagas abertas por ano na universidade, embora nem todas sejam preenchidas. Esses alunos podem requerer uma bolsa de R$ 200 por mês e participar gratuitamente de reforço em português, matemática e língua estrangeira.

    “O que interessa para nós é que eles saiam bem formados. Nossa preocupação não é a entrada, é a saída. Não fazemos concessão na qualidade, esses benefícios são para que eles tenham melhores condições de estudo, mas não há provas diferentes”, reforçou.

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    6 Comentários

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    Cotas raciais, isso é uma diferenciação , tem que tratar os iguais de maneira igual , eles tem a mesma capacidade que nós! Porque isso se eles não são diferentes? Porque essa desigualdade? continuar lendo

    Quem disse ao Deputado que não ser classificado em um vestibular é sinônimo de incapacidade. É bom fazer uma introspecção.
    Na verdade, nem deveria haver vestibular. Terminou ensino médio já ingressaria em uma universidade. continuar lendo

    Fofo,dinheiro nao da em árvore.O vestibular é justamente para selecionar,pois não existe vaga pra todo mundo. continuar lendo

    Apoio, sou pardo e tenho direito as cotas, porém não quero entrar pela cor da pele e sim por competência! continuar lendo

    Daí, em um processo seletivo de medicina, 20 vagas para ampla concorrência e 20 vagas pra cotistas, o cotista que passa em 1º lugar ia ficar em 80º na AC. Qual o discurso quer inventam pra justificar essa bizarrice? meritocracia não existe (como se pra passar em um vestibular concorrido bastasse pagar um cursinho de R$2000 e sua vaga está garantida), privilégio branco (só negros nascem pobres e são vítimas, nunca o contrário), condições desiguais entre candidatos (a solução é enfiar gente despreparada e tirar a vaga do mais apto?). Se contar as outras práticas vis, baixas, que é calar quem discorda das cotas, chamando-os de preconceituosos.
    As cotas são sim um sistema bizarro que não ajuda em nada, pelo contrário, justifica o preconceito contra negros e pobres. Não gostou? Me censure, censure a realidade, talvez assim o mundo vai ficar igual ao seu DCE cheirando maconha. continuar lendo