Britto lamenta que recesso no DF jogue investigação de mensalão para 2010
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, lamentou hoje (17) a decisão da Câmara Legislativa do Distrito Federal de entrar em recesso, postergando para 2010 a instalação da comissão que analisará os pedidos de impeachment do governador José Roberto Arruda (sem partido), suspeito de comandar suposto esquema de formação de caixa dois e pagamento de propina a políticos aliados. "É lamentável que um assunto sério como esse, que envolve a maior autoridade do Executivo do DF, seu vice, além de parlamentares e secretários e que chocou a sociedade seja tratado com descaso", afirmou Britto. "Esse era um assunto para ser resolvido com a máxima urgência e urgência quer dizer trabalho, não folga. Urgência requer investigação, não descanso. A opção pelo recesso é de se lamentar", acrescentou Britto ao chegar à cerimônia de entrega do VI Prêmio Innovare, em Brasília.
O recesso votado pela Câmara Legislativa, porém, será mais curto. Os distritais aprovaram uma convocação extraordinária a partir de 11 de janeiro. A sessão em que foi decidido dar início às férias teve início na tarde de terça-feira e só terminou na madrugada de ontem, depois das 3h. A oposição tentou, em vão, adiar a votação do orçamento para impedir o início do recesso, mas, com a assinatura de 16 deputados, a convocação extraordinária foi aprovada. O presidente da OAB disse, ainda, que espera que o bom senso prevaleça. "Esperamos que haja uma investigação célere sobre todo o ocorrido e que todos os envolvidos em irregularidades sejam efetivamente punidos", acrescentou.
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