Bruno defende incorporação da progressão ao salário dos professores
O deputado Artur Bruno (PT) defendeu, em pronunciamento feito na sessão desta terça-feira (12/05), a incorporação aos salários dos professores da rede pública estadual da progressão horizontal conseguida nos anos de 2006 e 2007. O parlamentar criticou a mensagem enviada pelo Governo, que deverá ser votada ainda na sessão de hoje, que cria um abono para os professores entre os meses de setembro do ano passado e junho próximo, mas não assegura a progressão.
Artur Bruno lembrou que, em 2006 e 2007, primeiro ano do governo Cid Gomes, os professores conseguiram um percentual de 5% relativo à progressão funcional. No entanto, essa reivindicação não foi acatada no ano passado. "O Governador perdeu uma grande oportunidade de enviar a esta casa algo que vai melhorar a situação salarial dos professores", lamentou Bruno.
No ano passado, completou Artur Bruno, o Governo se comprometeu a enviar um projeto de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que garantisse a progressão horizontal dos professores. "Lamentavelmente, hoje vamos votar não a reivindicação dos professores, não aquilo que foi negociado, mas sim um abono que vai de setembro a junho, os recursos são bem-vindos, mas acabado esse processo nada estará garantido que terão essa progressão nas suas carreiras", explicou.
Segundo o deputado, os professores decretaram greve e querem que o governador Cid envie à Assembléia o projeto do PCCS e reivindicam ainda um reajuste de 19%. "É tão pouco o que os professores estão pedindo, é lamentável que governo proponha abono, mas não dê progressão. Peço a sensibilidade do Governo Cid Gomes, e aos secretários que percebam o erro de não ter enviado até agora a progressão nos salários", defendeu.
O deputado ressaltou que apresentou, junto com a deputada Rachel Marques (PT), uma emenda à proposta do abono incluindo a progressão, mas a emenda foi derrubada nas comissões. Na avaliação de Artur Bruno, "não teremos educação de qualidade enquanto o professor receber esse salário que é vergonhoso".
Os deputados Moésio Loiola (PSDB) e Tânia Gurgel (PSDB) fizeram apartes ao pronunciamento de Bruno. Tânia se associou à luta dos professores e defendeu que as categorias que estão na ponta do processo educacional devem ser priorizadas pelo Governo.
O deputado Moésio Loiola ressaltou que a escola pública tem que deixar de falar apenas de merenda e salário e passar a falar de inovação. "Tem que se criar algo de novo na educação pública brasileira. Tem que haver a auto-estima do professor e do aluno", defendeu.
LM/CG
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